A Organização Não Governamental Turma do Bem de Balneário Gaivota possui assessoria jurídica e pretende fazer pagar na justiça os responsáveis pelos maus-tratos aos cavalos.
Balneário Gaivota
A sombriense Vânia Costa passou a maior parte da vida adulta morando no Rio Grande do Sul. Assim que se aposentou, fez o caminho de volta e há quase dois anos reside em Balneário Gaivota. Na praia, começou a fazer caminhadas com o marido, porém, a tranquilidade da vista do mar e da atividade física era quebrada pela visão de lixo jogado nas ruas e dunas e cavalos maltratados, às vezes soltos e às vezes puxando carroças. A alma doía e a moradora resolveu fazer alguma coisa. Começou a se reunir com os carroceiros, figuras comuns no município, na tentativa de ajudar na conscientização e orientação sobre os cuidados com os animais.
Vânia passou a agir também quando sabia de algum animal abandonado ou ferido. Em um dos casos, encontrou o cavalo em estado tão deplorável que o adotou. O bicho foi batizado de Vida, e agora é o seu xodó. Uma égua machucada também foi resgatada, Vitória, que aos poucos está se recuperando.
Nem sempre o socorro chega a tempo. “Dois deles não conseguimos salvar. Uma estava amarrada no mesmo lugar havia muito tempo, abandonada, e pode ter morrido de sede”, lamenta.
Gaivota conta com outras pessoas dedicadas as causas animal e ambiental, e para ampliar o trabalho e angariar recursos, elas se uniram e formaram a ONG, Organização Não Governamental, Turma do Bem, já legalmente estruturada. A intenção é auxiliar também as protetoras de cães e gatos a realizar mutirões de castração e implantar um espaço para acolhimento e reabilitação dos cavalos, que depois de saudáveis podem ser doados a quem queira cuidar deles sem explorá-los no trabalho.
A ONG possui assessoria jurídica e pretende fazer pagar na justiça os responsáveis pelos maus-tratos.