A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20), aos 50 anos, em Nova York, nos Estados Unidos. A artista enfrentava uma dura batalha contra o câncer de intestino desde janeiro de 2023. A informação foi confirmada por sua equipe à imprensa.
Filha de Gilberto Gil e da empresária Sandra Gadelha, Preta estava em tratamento contínuo desde o diagnóstico do tumor no reto, que surgiu após um mal-estar em casa. Ao longo de 2023 e 2024, passou por diversas internações, quimioterapia, uma bolsa de colostomia temporária e, posteriormente, uma cirurgia de mais de 30 horas, que incluiu a amputação do reto.
Mesmo diante das dificuldades, a artista sempre manteve o otimismo. “Vou voltar curada, se Deus quiser”, disse em maio deste ano, antes de viajar para os Estados Unidos em busca de um novo tratamento, após esgotar as possibilidades no Brasil.
Segundo o colunista Léo Dias, Preta passou mal a caminho do aeroporto. Ela retornaria ao Brasil quando precisou ser levada às pressas ao hospital, mas não resistiu.
Preta deixa um filho, Francisco Gil, de 30 anos, fruto de seu relacionamento com o ator Otávio Muller. Francisco integra o grupo Gilsons, que segue os passos da famosa linhagem musical da família Gil
Carreira e legado
A música chegou à vida de Preta Gil desde cedo, mas foi apenas aos 29 anos que ela se assumiu como cantora. Dona de hits como “Sinais de Fogo” e “Vá se Benzer”, Preta também fez história como publicitária, atriz, apresentadora e empresária. Foi uma das fundadoras da Mynd, uma das maiores agências de marketing de influência do Brasil.
Sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa, Preta dizia ter nascido em “berço esplêndido”, e usou sua voz não apenas para cantar, mas para levantar bandeiras importantes como a diversidade, o amor próprio e a liberdade.