Muitas das leis que protegem pessoas com deficiência e necessidades especiais em nosso país e em outros lugares foram inspiradas e impulsionadas por uma história real de amor ao próximo. Anne Sullivan, uma professora que, desde os cinco anos de idade, viveu com limitações visuais, ensinou e agregou significativamente à vida de Helen Keller, uma menina surda e cega. Vamos conhecer mais sobre elas? Prepare-se para se emocionar.
Anne Sullivan, teve uma vida marcada por desafios desde a infância. Nascida em Feeding Hills, Massachusetts, nos Estados Unidos, em 1866, Anne contraiu tracoma, uma doença infecciosa dos olhos, aos cinco anos de idade. Essa enfermidade, se não tratada adequadamente, pode levar à cegueira total, e foi o caso de Anne. Apesar de perder quase toda a visão, sua determinação e inteligência a levaram a superar as adversidades e a se tornar uma das educadoras mais influentes de sua época.
Anne e Helen se encontraram pela primeira vez em 1887, quando Helen tinha sete anos. Além da surdez e cegueira, Helen apresentava comportamentos desafiadores devido à falta de comunicação”. Nascida em Tuscumbia, Alabama, em 1880, Helen havia perdido a visão e a audição ainda bebê, após uma grave febre. A chegada de Anne marcou um ponto de virada em sua
vida.
“Um dos momentos mais marcantes, sem dúvida, foi quando a professora Anne, escrevendo em sua mão a palavra ‘water’ (água, em inglês), fez com que Helen sentisse a água corrente entre seus dedos. Essa experiência proporcionou a Helen uma compreensão profunda da linguagem e do mundo ao seu redor, abrindo as portas para um aprendizado contínuo e transformador.
Naquela época, embora o braile já existisse, o acesso a materiais e professores especializados em escolas e institutos para cegos era bastante limitado. A linguagem de sinais também era conhecida, mas Anne Sullivan desenvolveu uma metodologia única e personalizada para ensinar Helen Keller, adaptando-a às necessidades específicas da menina. Com paciência e criatividade, Anne utilizava objetos do cotidiano para estabelecer associações entre as palavras e as experiências sensoriais de Helen.
O que aprendemos com essa história? Que, independentemente de nossas limitações, somos seres únicos, vivendo processos distintos ao longo da vida. A forma como lidamos com as adversidades revela nossa força, muitas vezes maior do que imaginávamos. Aprendemos também que a jornada é mais leve quando compartilhada, e a humildade de pedir ajuda é fundamental. O amor ao próximo, como Jesus nos ensinou, é a base para construirmos um mundo mais justo e solidário. Você é único e capaz de superar qualquer desafio.
Comunique-se, com amor. Entregue o seu melhor e seja resiliente como a água que correu pelas mãos de quem um dia descobriu o mundo.
Ana Souto