quarta-feira, 6 DE novembro DE 2024
Luiz LlantadaO vento da saudade

O vento da saudade

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Ah! Esse vento que acaricia o meu rosto, balança as folhas das árvores e encrespa as águas dos rios e dos lagos. Por que será que ele sempre vem próximo ao “Dia de finados?” Deve ser para nos lembrar das pessoas que amamos, e que já partiram. Quanta saudade me traz. Recordo de cenas da minha infância, quando eu sentia e observava que os dias eram mornos, o vento constante arrancava peças de roupas do varal de minha mãe, os chapéus das cabeças dos homens e audaciosamente insistia em querer levantar as saias das moças… O cheiro de flores no ar.

Imagens e sensações que ficaram gravadas na minha mente como típicas de dias de finados. Mesmo que, hoje em dia, os homens não mais usem chapéus, poucas são as mulheres que ainda usem saias e os varais que secam roupas sejam escassos, devido à tecnologia das máquinas de secar. Mas a minha mente e a minha imaginação são assim… Férteis… E voam.

Nada intriga mais a humanidade do que a morte. Nenhuma outra coisa é tão certa em nossas vidas. Realidade fatal. E no entanto, vivemos como se fossemos imortais. A questão de sabermos que todos somos mortais deveria ser motivo suficiente para que tivéssemos mais humildade. Fôssemos mais fraternos, mais solidários, conscientes de que temos algo em comum, que deveria nos unir.

Entretanto, parece que a morte só acontece para os outros. Só vamos sentir que ela realmente existe, quando ocorre dentro da nossa família. A morte é o maior dos mistérios da vida. Sobre ela já foram elaboradas infinitas teorias. Uma, todavia, é unânime, a de que a morte biológica é uma realidade inquestionável. Diferentemente dos animais, porém, o “homo sapiens” tem inteligência e, por tê-la, busca explicações para tudo. Deixando de lado a morte do corpo que é mesmo o fim dele próprio. Vejamos abaixo outro raciocínio.

Para os essencialmente materialistas, ou seja lá como quiseres chamá-los, pessoas que não acreditam em nada metafísico, nem mesmo nas religiões e nem na Ciência, tudo se acaba com a morte do corpo. Fim! Essa tese, entretanto, é inadmissível para a maioria dos homens que pensam, que usam a razão,  por entenderem que o fim de tudo não é coerente com a realidade.

A morte do homem não é o fim de tudo, porque este tem na sua formação dois componentes distintos: – Um é o corpo que é matéria e terminará com a morte física. O outro é a mente o que para os religiosos é a “alma” ou “espírito”. Este componente é abstrato, subjetivo e volátil. São os sentimentos, são as emoções. Que, por não serem matéria, mas energia, não terminam com a morte do corpo, sobrevivem. Assim irão para uma outra dimensão. Pensa!

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