Talvez por ser mulher, talvez por ter empatia ou, quem sabe, talvez pelo simples senso de justiça, utilizo este espaço em primeira pessoa para afirmar que a decisão do Podemos Santa Catarina em expulsar do partido o vice-prefeito de Lages, Jair Junior, acusado de agredir a ex-namorada e mantê-la em cárcere privado entre outras atrocidades, foi a mais justa e acertada. Mas ainda não é o suficiente, nem para ele e nem para proteger as mulheres vítimas de violência doméstica do Estado. O caso ganhou repercussão, o agressor está sendo “punido”, mas e quando as vítimas não têm chance e nem voz?
No comunicado enviado à imprensa, a deputada Paulinha, presidente estadual da sigla, diz que as acusações que pesam contra Jair Júnior são extremamente graves e vão contra tudo aquilo que defendemos. A violência contra a mulher, para o partido, é absolutamente intolerável. E não só para o partido. Imagino que ela, como mulher, não poderia deixar passar em branco uma atitude como estas. De forma tão enérgica quanto a dela, a sociedade aguarda um posicionamento da prefeita de Lages, Carmen Zanotto, que, até o momento, só declarou que o seu vice deveria renunciar, nada mais. Ela, enquanto mulher, uma autoridade do município e com grande influência estadual, já poderia ter feito bem mais. Não só no sentido de “castigar” Jair, não é isso. Mas para reforçar a luta em defesa das mulheres vítimas de violência doméstica. Essa pauta precisa ser levantada e as vozes femininas de Santa Catarina precisam se unir para engrossar essa corrente.
A vice-governadora, Marilisa Boehm, já encabeça ações com este viés, então, nem é o caso de inventar a roda, mas de ampliar o apoio. E a sociedade precisa cobrar, alguém precisa falar por estas vítimas, tão fragilizadas, que não têm mais força para lutar e que já podem estar descrentes da proteção do sistema.
Por outro lado, ainda usando como exemplo o caso do vice-prefeito lageano, que rejeita a ideia e o pedido dos colegas por sua renúncia, o agressor está sempre certo da impunidade, minimizando os próprios atos e normalizando os diversos tipos de agressão praticados. Sim, porque a maioria deles (e delas também) estão certos de que enquanto não há agressão física, não há violência.
Investigação
O deputado Mário Motta (PSD), afirmou durante sessão na Alesc que a Controladoria Geral do Estado investiga um esquema fraudulento envolvendo 17 grandes empresas, suspeitas de criar pequenas empresas laranjas para obter vantagens destinadas exclusivamente às micro e pequenas empresas. Motta lembrou que no início de seu mandato denunciou ao Ministério Público de Contas (MPC), que atua junto ao Tribunal de Contas (TCE), um esquema semelhante, utilizado na compra de notebooks pela Secretaria de Estado da Educação (SED). O caso foi remetido ao Ministério Público (MPSC), que montou, junto com a Polícia Civil, a operação “Família Premium” para investigar o caso.
Violência contra a mulher
A violência contra as mulheres no Estado de Santa Catarina apresentou um crescimento contínuo entre os anos de 2019 e de 2022, de acordo com um relatório do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC). Na auditoria, ficou constatado que nenhum Centro de Apoio para atender mulheres vítimas de violência foi efetivamente implementado pelo Governo, conforme previsto no Programa Estadual de Apoio à Mulher em Situação de Violência, gerenciado pela Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS/SC). A auditoria apurou ainda que a única Casa-Abrigo contratada pelo Estado, mediante termo de colaboração com uma organização social, em 2021, possui apenas 20 vagas para atender as mulheres e os seus filhos em todo o território estadual. Só em março de 2023, foram 18 negativas de acolhimento por falta de vaga. Lamentável!
Compol Lab
O escritório de advocacia Menezes Niebuhr, com sede em Florianópolis, foi palco do Compol Lab 2025, um evento estratégico de debate sobre o futuro da comunicação política, realizado em parceria com a Agência Critério. O encontro funciona como aquecimento para o Summit Cidades 2025, considerado o maior evento de cidades do Brasil, que deve reunir 10 mil pessoas em Florianópolis, em junho. Com a palestra “Reputação e Gestão de Crise: seu maior patrimônio em jogo”, a dupla Cleber Benvegnú, consultor político e comentarista do Grupo Band RS, e Giuliano Thaddeu, estrategista eleitoral e especialista em reputação política, compartilhou com os presentes um pouco dos segredos do sucesso de uma das maiores operações de gestão de reputação do sul do país e da tradição de vitórias em campanhas políticas.
Safra do milho
A safra de milho verão 2024/25 em Santa Catarina está se consolidando como uma das mais produtivas da história. Mesmo com uma redução superior a 13% na área plantada, o estado registrou aumento de mais de 23% na produção em relação à safra anterior. O destaque é a produtividade, que teve um salto expressivo de mais de 40%, alcançando 9.717 kg por hectare — a maior já registrada no estado. Os dados constam no Boletim Agropecuário do mês de abril, que está disponível no site do Observatório Agro Catarinense e do Infoagro.
São José
São José foi apontada como uma das opções mais estratégicas para investidores do mercado imobiliário. A cidade acaba de ser eleita a melhor do Brasil para investir em imóveis para aluguel, de acordo com o Ranking MySide Melhores Cidades para Investir em 2025, que analisou dados de 2019 a 2024.
O levantamento leva em consideração o retorno financeiro com alugueis de longo prazo e a valorização dos imóveis. São José lidera o ranking nacional, com rendimentos médios anuais de 16,6%, consolidando-se como uma das apostas mais seguras e promissoras do país.
