O piso salarial dos mais de 8 mil trabalhadores das indústrias plásticas de Criciúma e região ficará 6% maior neste mês de abril, passando de R$ 1.975,20 para R$ 2.093,71 e todos os demais salários terão aumento de 5%. A inflação do período foi de 3,40%. A convenção coletiva de trabalho foi fechada depois de duas rodadas de negociações e considerada muito positiva.
“Conquistamos ganho real de 2,60% no piso e de 1,60% nos demais salários”, pontuou o presidente do Sindicato, Carlos de Cordes, o Dé. Além disso, todas as demais cláusulas da atual convenção coletiva estão mantidas, como adicional noturno de 32,5%, o direito de acompanhamento de até 15 dias em internações hospitalares de filhos menores de 14 anos, (ou portadores de deficiência de qualquer idade), e, agora, “internação domiciliar”, sem desconto dos dias ou horas não trabalhados.
As empresas que não têm programas próprios de participação nos resultados (PPR), ampliarão o valor de R$ 1.110,15 pagos em 2023 para R$ 1.152,96, em 2024, em duas parcelas a serem quitadas nas folhas de competência junho e outubro próximos. Na indústria que utiliza matéria prima reciclada, o piso salarial e o PPR são diferenciados: R$ 1.989,04 e R$ 1.101,66, respectivamente, com a participação nos resultados (PPR) paga em três parcelas: junho, agosto e outubro.
Até o momento, segundo Carlos de Cordes, os trabalhadores de Criciúma e região tiveram a melhor negociação coletiva em Santa Catarina. “Depois de anos perdendo direitos e de salários arrochados, voltamos a ter pleno emprego na categoria e conquistamos ganho real aos salários, principal reivindicação dos trabalhadores”, ponderou Dé, destacando o nível elevado dos debates com os representantes do Sindicato patronal e a objetividade e celeridade do processo, fechando a negociação dentro do mês da data-base.