Em operação conjunta, as Polícias Civil e Militar cumpriram 11 mandados de busca, dez na Favela do UCAA, em Araranguá, e um em Arroio do Silva. Quase 400 pedras de crack foram apreendidas
Araranguá
A Polícia Civil, em parceria com a Polícia Militar, deflagrou nesta quinta-feira, dia 20, mais uma operação do projeto Araranguá Mais Segura, desta vez, na Vila Esperança, mais conhecida como favela do UCCA, em Araranguá.
Em coletiva de imprensa, o delegado responsável pela DIC, a Divisão de Investigação Criminal, Jair Pereira Duarte, o comandante do 18º BPM, o tenente-coronel Marcelo Zanette, e do comandante da 1ª CIA do 19º BPM, tenente Bilhalva, comentaram os resultados da ação.
“Com um trabalho de investigação que iniciou há cerca de quatro meses, a Polícia Civil e a Militar levantaram informações e mapeamos as casas que têm envolvimento com o tráfico de drogas. Hoje cumprimos mandados em 11 residências”, explica Duarte. O helicóptero do Saer também colaborou na operação.
No local, há também a suspeita da atuação da organização criminosa “PGC” e do furto de energia elétrica.
Foi encontrada uma grande quantidade de drogas e cinco pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas, furto de energia elétrica e receptação. Três pessoas foram presas por tráfico de drogas e outras duas por furto de energia elétrica. Ainda, um dos traficantes foi autuado por receptação, já que tinha em sua casa objetos de roubos de duas vítimas.
Conforte o coronel Zanette, foi encontrada uma grande quantidade de moedas em uma das casas investigadas. Segundo ele, eram tantas que chamou a atenção dos policiais. A suspeita é de que o valor seja proveniente de esmolas que os moradores de rua recebem no Centro da cidade e usam para sustentar seu vício na comunidade. “Isso mostra que aquelas moedas que doamos na rua podem alimentar o tráfico. Também, ali naquele local, apreendemos dinheiro, que é da proprietária de um mercado, o que nos leva a crer que as doações recebidas nas ruas eram vendidas para ela”, comenta o comandante da PM. Zanette reforçou a importância da campanha promovida pela PM, Prefeitura e CDL, o Araranguá Mais Segura, para coibir o crime com a união de esforços. No caso da operação na favela do UCCA, não havia tantos moradores de rua quanto na ação deflagrada pelas polícias em setembro na Vila Samaria. Conforme Zanette, isso se deu pelo fato de que os usuários não dormiam nas casas, como registrado na outra operação. “Nosso foco é repreender o traficante, aqueles que fazem lucro em cima dos usuários”, disse.
O tenente-coronel acrescentou que o trabalho contra as drogas continua, e que o combate ao tráfico é tema de muitas ações dentro das polícias municipais.
O tenente Bilhalva também falou dos resultados da operação, pontuando que o sucesso de ações como essa se deve à troca de informações e entrosamento entre as polícias.
Ao todo, foram dez mandados de busca cumpridos em Araranguá e um em Balneário Arroio do Silva. Foram apreendidos uma balança de precisão, 113,85 gramas de crack, fracionadas em 387 porções embaladas e prontas para a comercialização, a quantia aproximada de R$ 4.337,40 em cédulas e moedas diversas, bem como anotações e outros objetos.
Uma das cinco prisões, ocorreu no início da tarde, em nova diligência pela comunidade, ainda quando uma viatura caracterizada da Polícia Civil conduzia o último preso em flagrante por tráfico, policiais da DIC de Araranguá flagraram uma transação de drogas nas proximidades e realizaram a prisão do quinto conduzido.
“O trabalho de investigação é sempre sigiloso até que seja feita a operação e é assim que conseguimos coibir esse crime que está incomodando a população”, encerra o delegado Jair.
