Após a goleada de 4 a 1 sofrida pela seleção brasileira contra a Argentina, a pressão sobre o técnico Dorival Júnior aumentou consideravelmente. O treinador, que já enfrentava críticas pesadas da torcida, viu sua situação ficar ainda mais delicada nas últimas semanas.
Com a Copa do Mundo se aproximando, faltando pouco mais de um ano para o torneio, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, tem demonstrado um distanciamento crescente em relação ao trabalho de Dorival. A pressão para que a CBF busque um novo comandante técnico para a seleção, a fim de garantir mais consistência tática à equipe, é cada vez mais intensa.
Distanciamento de Ednaldo Rodrigues
Ednaldo Rodrigues, reeleito para um novo mandato até 2030, evitou se pronunciar sobre o futuro de Dorival imediatamente após a derrota para a Argentina, saindo do Monumental de Núñez sem falar com a imprensa. No entanto, ele prometeu se manifestar nesta quarta-feira (26), o que gerou ainda mais expectativa. A CBF, por sua vez, não confirmou se o dirigente fará algum pronunciamento.
Mesmo antes da goleada, Ednaldo já dava sinais claros de insatisfação com o trabalho do técnico. “A gente analisa o trabalho não é por uma partida, não é por um treinamento, a gente analisa de uma forma linear. E é um trabalho que até então a CBF tem dado respaldo, tanto a ele como à comissão técnica”, declarou o presidente da CBF em entrevista após sua reeleição.
Nomes para substituir Dorival
Com a iminente demissão de Dorival, diversos nomes já foram cogitados para assumir o comando da seleção brasileira. Entre os possíveis substitutos, o italiano Carlo Ancelotti surge como um dos favoritos. Ednaldo Rodrigues já demonstrou publicamente seu interesse em contratar Ancelotti, tentando tirá-lo do Real Madrid no início de sua gestão, mas o técnico renovou seu contrato com os Merengues até 2026.
Apesar da dificuldade em contar com Ancelotti antes do Mundial, seu nome voltou a ser mencionado com força após a demissão de Dorival. No entanto, a possibilidade de sua saída do Real Madrid dependeria de uma negociação complexa, já que a próxima edição do Mundial de Clubes, onde o Real Madrid estará, acontece entre junho e julho de 2024, nos Estados Unidos.
Outro nome que voltou a ser especulado foi o do português Jorge Jesus, técnico do Al Hilal, da Arábia Saudita. Jesus, que já expressou seu desejo de comandar a seleção brasileira, teve seu nome cotado no passado, mas não seria uma prioridade para o atual presidente da CBF.
Além de Jesus, outros estrangeiros como José Mourinho e Zinedine Zidane também continuam sendo mencionados como opções para a seleção, embora a CBF prefira, neste momento, nomes mais consolidados no cenário internacional.
Treinadores brasileiros também são cotados
No cenário nacional, o nome de Filipe Luís, atual técnico do Flamengo, tem se destacado entre as novas opções. Ex-lateral do time rubro-negro, Filipe Luís assumiu o Flamengo em outubro de 2024 e, em apenas seis meses, conquistou três títulos: a Copa do Brasil, a Supercopa e o Campeonato Carioca. Apesar do sucesso, ele sinalizou à diretoria do Flamengo que não pretende deixar o clube neste momento, o que pode afastá-lo de uma possível convocação para a seleção.
Expectativas e desafios
Com a Copa do Mundo se aproximando e o futuro de Dorival Júnior ainda incerto, o Brasil segue em busca de um técnico que seja capaz de devolver a equipe à sua antiga glória. O desafio para a CBF será escolher o profissional certo, que consiga implementar a consistência tática necessária para brigar pelo título mundial, evitando que a seleção repita os resultados insatisfatórios das últimas competições.
A pressão da torcida e a necessidade de uma mudança eficaz são cada vez mais evidentes, e o futuro da seleção pode depender de uma decisão rápida e estratégica por parte da CBF.