sexta-feira, 8 DE novembro DE 2024
Luiz LlantadaRacionalizando a loucura  

Racionalizando a loucura  

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Longe de querer meter a minha colher de pau no panelão da Ciência, que não me atrevo a tanto. Faço agora uma abordagem sobre a mente humana, que tanto me fascina. Sabemos que o homem é o único animal que pensa de forma racional. É o que nos diferencia dos outros. Ainda assim continuamos animais. A “razão” é o raciocínio lógico. A “loucura” é a mente desordenada.

Para me entenderes melhor, imagina um fichário de A a Z com as fichas todas organizadas em ordem alfabética. Agora Imagina outro, com elas desordenadas. Certo? O primeiro é a “razão” e o segundo a “loucura”. Assim é a mente humana; numa hora um está no comando, noutra hora, o outro. Em algumas ocasiões as duas situações até agem simultaneamente. Razão e loucura.

Quando nascemos viemos com todas as nossas “fichas” em desordem. Não vou cometer a heresia de dizer que nascemos loucos. Apenas que as “fichinhas” vêm misturadas. Com o decorrer do tempo é que vamos colocando-as nos seus devidos lugares. Mas não fazemos isso sozinhos. É com a ajuda de nossos pais que começamos a organizar os nossos pensamentos. Eles nos ensinaram a dizer “mamãe” e “papai”. Depois, a pedir água, comida e a não fazer xixi nem cocô na roupa, o que muito lhes custou.

A seguir, as primeiras noções de educação. São os professores ensinando-nos o conhecimento e a cultura; pessoas mais velhas repassando-nos suas experiências. Tudo complementando a educação que já trazíamos de casa. Também tivemos ensinamentos religiosos, quando procuraram nos mostrar que havia, ou deveria haver, algo mais, além do mundo físico. E quê, por isso, deveríamos amarmo-nos uns aos outros. Sermos bons e justos. Que somos todos irmãos. E pecadores. Tudo isso com o objetivo de organizar o pensamento humano. Ou de “racionalizar a loucura”.

Seríamos perfeitos se fôssemos máquinas. Bastaria assimilarmos o que nos ensinaram e praticá-los. Ocorre, porém, que temos sentimentos que podem nos fazer felizes ou infelizes, dependendo da decisão que tomarmos. São as emoções. Isso nos angustia. É algo que todos temos, mas que varia em grau de intensidade de pessoa para pessoa. São os momentos em que sentimos amor, amizade, ódio, inveja, ciúmes, desejos, obsessões e outros. Caramba!

Este é o ser humano. Enigmático! Imprevisível! Observa as pessoas: tua mulher, teu homem, teu filho, parentes, amigos, colegas, todas enfim. Leia! Leia muito! Veja como os comportamentos e atitudes variam; erros e acertos sem fim. Isto que não penetraste no âmago dos pensamentos mais íntimos. Ficarias perplexo. Estupefato! Morrerias de rir ou, quem sabe, de chorar. Não esperes muito de ninguém. Nem te surpreendas demais com as decisões e atos cometidos. Apenas aceita as pessoas como elas são… Pois elas são iguais a ti.

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