A manhã desta segunda-feira (5) foi marcada por lágrimas e euforia para o Brasil e para Rebeca Andrade, que brilhou intensamente na Bercy Arena, em Paris. A ginasta conquistou a medalha de ouro na final do solo, tornando-se a maior medalhista do país em todas as edições dos Jogos Olímpicos.
O dia começou com um momento de tensão para Rebeca, que não conseguiu se classificar para o pódio na final de trave, menos de uma hora antes da decisão do solo. Contudo, a atleta não se deixou abater e se apresentou com uma performance magnífica, caracterizada por acrobacias deslumbrantes e aterrissagens quase perfeitas. As lágrimas que desceram pelo seu rosto ao final da apresentação refletiam não só o alívio, mas também a realização de ter encerrado sua participação nas Olimpíadas de Paris de maneira grandiosa.
Simone Biles, apesar de suas acrobacias impressionantes, enfrentou falhas na execução e terminou com a medalha de prata. A americana Jordan Chiles ficou com o bronze. Com essa conquista, Rebeca Andrade alcançou sua sexta medalha em duas Olimpíadas, superando os cinco pódios dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael.
Rebeca, que já passou por três cirurgias de ligamento cruzado anterior (LCA), revelou recentemente que poderia se aposentar do solo devido ao impacto intenso em seus joelhos. Se esta for realmente sua última apresentação no solo, ela encerrou com uma exibição de graça, leveza e acrobacias desafiadoras, garantindo uma nota excepcional de 14.166. Esta performance impressionante pode até mesmo fazê-la reconsiderar a decisão de se aposentar do solo.
Além do ouro no solo, Rebeca Andrade volta do Paris 2024 com duas pratas, no salto e no individual geral, e um bronze por equipes. Com sua trajetória olímpica, ela acumula um ouro no salto e uma prata no individual geral de Tóquio 2020, totalizando seis pódios em suas duas participações olímpicas.