Dona Albertina Espíndola, de 74 anos, fala com saudade da mãe, que faleceu com 89 anos. A mãe morou ao lado dela durante muitos anos, e toda tarde fazia café e levava na loja que Albertina trabalhava. Depois, quando a mãe sofreu um derrame, Albertina cuidou dela em sua casa por dez anos.
Filha de dona Albertina, Renilda Espíndola lembra bem da avó, inclusive que ela guardava em uma caixa a roupa que queria ser enterrada. Costume comum entre os idosos antigamente.
Renilda lembra também da própria mãe, sempre trabalhando para dar conta de criar os cinco filhos. “Quando eu nasci, nós morávamos numa espécie de galpão. A minha mãe começou a fazer sutiã e saia pra vender de carroça” conta Renilda.
Depois foi a sua vez de também trabalhar muito para criar os seus cinco filhos, a mesma quantidade da mãe. Hoje, Renilda se percebe cada vez mais parecida com a mãe. Daqui a alguns anos, suas filhas com certeza dirão o mesmo sobre ela. Afinal, como diz o velho ditado ‘mães são todas iguais, só muda nome e endereço’. Iguais não se sabe se são, mas parecidas com certeza, pois mãe é mãe.