Dois homens foram condenados, nesta quinta-feira (26), a 17 anos e 2 meses de reclusão cada, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri da Comarca de Sombrio, no Extremo Sul de Santa Catarina.
Eles foram considerados culpados pelo assassinato de um jovem de 20 anos, ocorrido em maio de 2020, em Balneário Gaivota. O corpo da vítima nunca foi encontrado. Segundo a acusação do Ministério Público, o crime foi premeditado e teve motivação torpe: uma dívida de aproximadamente R$ 200,00 ligada ao tráfico de drogas.
De acordo com a denúncia, a vítima foi atraída por um dos acusados, com quem tinha uma relação de amizade, sob o pretexto de um encontro casual. Ele foi rendido ao entrar em um veículo, levado a um local ermo, forçado a cavar sua própria cova e executado com disparos de arma de fogo. Os jurados reconheceram as qualificadoras de motivo torpe e uso de dissimulação.
Durante o processo, elementos digitais reforçaram a acusação, como o uso da internet por parte dos réus para pesquisar sobre decomposição de corpos e o registro de proximidade entre os celulares dos envolvidos no dia do crime. Relatos apontam ainda envolvimento de facções criminosas.
Na sentença, o juiz responsável rejeitou o direito dos réus de recorrerem em liberdade, com base na soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, e determinou a imediata execução provisória da pena. Ambos já possuem antecedentes criminais e são reincidentes.
Além da pena privativa de liberdade, os condenados deverão pagar 11 dias-multa cada, no valor mínimo legal, além das custas processuais.
A decisão foi proferida e publicada em plenário. Familiares da vítima acompanharam o julgamento.