Governador Jorginho Mello (PL) pediu, por meio de interlocutores, que filiações de peso em seu partido fossem cessadas. Há dois motivos básicos para a solicitação. O primeiro é o de preservar a própria legenda, “que vinha recebendo a filiações de gente de tudo quanto é lado sem uma análise mais crítica”, como confidenciou uma fonte ligada ao governador. O segundo motivo está ligado à Assembleia Legislativa. É que há muitos prefeitos querendo se filiar no PL, o que inclui alguns aqui do próprio Extremo Sul Catarinense, todavia, isto poderia desencadear um descontentamento generalizado de deputados estaduais, os quais Jorginho precisa do apoio para governar.
Em meio a este imbróglio, o governador solicitou um pouco mais de paciências aos presidentes municipais, e coordenadores regionais do PL, que estavam afoitos em busca de novos filiados, como também paciência aos que querem se filiar. Neste sentido, ele tem também pedido compreensão, ressaltando que “tudo tem seu tempo”.
É óbvio que se Jorginho Mello abrir o PL para receber filiações, irá faltar fichas para endossar o ingresso de todos os líderes políticos que queiram ingressar em sua sigla, ainda mais em se tratando do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, justamente em Santa Catarina. Trata-se de um alinhamento de astros que chama a atenção de qualquer um que queira ter um governador ao seu lado, surfando, ainda, na onda do bolsonarismo.
Basicamente, o que Jorginho almeja é separar o joio do trigo. É claro que o PL irá filiar prefeitos, vices, vereadores, líderes proeminentes em suas comunidades, e tudo mais. Só que o partido precisa dar tempo ao tempo, para não receber gente que queira meramente se aproveitar da situação. Isto, no entanto, deverá ficar para o segundo semestre, quando o governo já estiver mais sob controle e a relação entre o governador e os deputados estaduais já estivem mais consolidada. A partir daí serão abertos os portos as nações amigas.
Finais
Prefeito reeleito de Timbé do Sul, Beto Biava (PP), diz que seu partido tem a intenção de permanecer no comando do executivo municipal, mas que “para isto é necessário a concordância dos aliados”. Em princípio, o Progressista conta com a disponibilidade de dois nomes: o do Secretário Municipal de Saúde, Vilmar Manfiolete, como também do vereador Reinaldo Guellere. “Pode ser que surjam outros nomes dentro do nosso partido, ou até mesmo dentro da coligação, mas, por enquanto, o Progressistas conta com a disposição do Vilmar e do Reinaldo para disputar a cabeça de chapa da eleição municipal ano que vem”, comenta Biava. A oposição deverá vir com uma candidatura do MDB e seus aliados, e, neste sentido, dois nomes também se ressaltam. O do ex-Secretário Municipal de Administração e Finanças, Marlon Panatta, e o de Ademilson Luiz (MDB), que já concorreu à prefeitura em 2020.
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, disponibilizou recursos extras para a duplicação das BRs 280 e 470, para trechos pontuais no Vale do Itajaí e Norte do Estado. No total, serão R$ 336 milhões a mais do que já estava previsto para ser liberado, para as duas obras, nos próximos meses. Quanto a recursos para a BR 285, tanto no que diz respeito a conclusão da Serra da Rocinha, em Timbé do Sul, quanto no que diz respeito aos oito quilômetros de pavimentação asfáltica entre a Rocinha e a sede de São José dos Ausentes (RS), nenhuma linha no Diário Oficial. Chega a ser impressionante a incapacidade de articulação do Governo Federal quando o assunto é a Rocinha. Uma obra que se arrasta há anos por conta de migalhas, e que mesmo com o aporte de R$ 15 milhões feitos pelo Governo do Estado, ainda assim não foi concluída. O Brasil, definitivamente, não foi feito para os fracos.
