Muito se pergunta a respeito das chances que um prefeito ou prefeita tem de se reeleger. Matematicamente, a resposta é bastante simples: 80%. De cada cem prefeitos que disputam a reeleição, 80 conquistam um segundo mandato. Os outros 20 não conseguem o seu intento. No ano que vem, em nossa região, onze chefes de executivo estão aptos a disputar a reeleição. Se todos disputarem, pela média nacional, entre oito e nove deverão conquistar um novo mandato, e entre dois e três não.
Mas, como saber se um projeto de reeleição será exitoso ou não? Por incrível que pareça, isto não tem muito a ver com o êxito administrativo da gestão, e sim com a manutenção e ampliação, ou não, do grupo político responsável pela primeira eleição. Notadamente, os chefes de executivo que não se reelegem são aqueles que não conseguiram manter o seu grupo unido, ou que não tenha achado substituto para aqueles que saíram do grupo. Na grande maioria das vezes são os rachas internos que levam a derrota.
Por óbvio que uma derrota não se resume a isto. A articulação da oposição também é fundamental. Na mesma lógica, e medida, se a oposição conseguir ampliar seu grupo, evitando rachas que levem a duas, ou mais candidaturas oposicionistas, maiores serão suas chances de vitória.
Todavia, nem tudo é apenas acerto político e conchavo de caserna. Ainda que as alianças sejam preponderantes para que alguém consiga se reeleger, quem comanda um executivo também precisa deixar a marca de sua gestão, precisa ter um governo realizador. De forma contraditória, por mais realizador que um governo seja, caso não haja alianças substanciais, a tendência é de derrota.
Diante dos fatos, a regra que determina quem se reelege e quem não se reelege passa naturalmente por um governo realizador, pela manutenção e, ou, ampliação das alianças, e pela desarticulação da oposição. Quem conseguir ter a seu favor estes três pontos estará entre os reeleitos. Se um ou mais destes pontos ruírem, a oposição é que passa a ter mais chances de eleição.
Finais
Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira à noite o projeto de lei que cria novas regras para possibilitar o aumento do teto de gastos do Governo Federal. Chamado de Arcabouço Fiscal, o projeto teve 372 votos favoráveis, e 108 contrários. Dentre os deputados federais de Santa Catarina, chamou a atenção o posicionamento de Jorge Goethen (PL), que, ao contrário do que se esperava, votou favoravelmente aos interesses do presidente Lula da Silva (PT). Além dele, também foram favoráveis Ana Paula Lima e Pedro Uczai, do PT, Rafael Penzeti e Valdir Cobalchini, do MDB, e Ismael dos Santos, do PSD. Todos os demais deputados foram contrários, o que incluiu os quatro do Sul do Estado: Júlia Zanatta (PL), Daniel Freitas (PL), Ricardo Guidi (PSD) e Geovânia de Sá (PSDB). O deputado Carlos Chiodini, que é presidente do MDB catarinense, não participou da sessão.
Tem crescido movimento em prol da fixação da barra do rio Araranguá. Recentemente, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Luciano Pires (Podemos), junto ao vereador Samuel Nunes (PSD), visitaram os demais legislativos aqui do Extremo Sul solicitando apoio para a reivindicação da obra, que é de competência do Governo Federal. Já nesta semana, a Associação de Pescadores do Rio Araranguá, em parceria com a Associação de Surf do município, e o apoio de Colônias de Pesca da região, lançaram a campanha #BarraJá. Uma das ações da campanha é a produção de centenas de adesivos como parte da estratégia para sensibilizar a população quanto a importância da obra. “Precisamos fazer com que esta rede de apoio cresça, para que haja também o engajamento de lideranças estadualizadas e em nível federal. Precisamos dar o primeiro passo para a retomada desta bandeira”, comentou Luciano Pires.