Progressistas de Sombrio tem discutido com os caciques dos partidos aliados qual seria o melhor nome para compor como candidato a vice-prefeito, na chapa majoritária a ser encabeçada pelo vereador Peri Soares, nas eleições deste ano. Os articuladores da campanha de Peri não descartam a possibilidade de que a legenda dispute a Prefeitura Municipal com chapa pura, o que aumentaria a capilaridade da campanha junto as bases do partido. Os dois nomes que mais se ressaltam, para esta possível dobradinha genuinamente progressista, são o de Jussara Borba Scheffer, esposa do deputado estadual José Milton Scheffer (PP), e também o do empresário Edson Talau, que é o primeiro tesoureiro do partido.
As especulações em torno do nome de Jussara não têm a concordância do deputado Zé Milton. É que Jussara é irmã de Juarez Teixeira de Borba, falecido esposo da prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB). O deputado quer evitar constrangimentos dentro da família, que fatalmente surgiriam caso as duas cunhadas tivessem que se enfrentar nas urnas, já que Gislaine disputará a reeleição.
Paralelo a este fato, de forma recorrente, o presidente municipal do Progressistas, Cristian Rosa, que disputou a prefeitura em 2020, também é lembrado como uma boa opção para compor como vice de Peri. No entanto, ele se diz totalmente fora da disputa eleitoral deste ano, ressaltando que seu envolvimento nas eleições deste ano será focado meramente na administração e nas articulações da campanha.
Em princípio, recairia sobre Edson Talau uma candidatura de vice-prefeito, caso o Progressistas de fato dispute a majoritária com chapa pura. Mas o partido tem outras opções, como é o caso do ex-Secretário Municipal de Administração e Finanças, Jeferson Raupp (PSD). Ainda na tentativa de angariar aliados, a vaga de vice poderá oferecida ao PSDB, que já foi vice do Progressistas em 2020, através de Volnei Giassi, ou ainda ao Republicanos, partido que pode deixar a base de apoio da pré-candidatura de Peri Soares, e se aliar ao MDB de Gislaine Cunha, pois seu comando estadual está trocando de mãos e a orientação é de aliança com o PL, que apoia a atual prefeita.
Mas o imbróglio do vice não é algo que acomete apenas o Progressistas. O MDB também não definiu ainda quem será o candidato a vice de Gislaine. A vaga pertence de forma natural ao atual vice-prefeito Jeriel Isoppo (MDB), que ainda não se decidiu se concorrerá ou não à reeleição. Em não sendo ele, a tendência é que o espaço seja destinado ao vereador Jonas Dávila (MDB).
Finais
- Tríplice aliança formada em Morro Grande pelo Progressistas, MDB e PSD caminha a passos largos para referendar o projeto de reeleição do prefeito Clélio Daniel Olivo, o Kéio (PP), e de seu vice, Juraci Favarim, o Tatim (MDB). O MDB, que vinha mantendo Tatim como pré-candidato a prefeito, já concordou em apoiar novamente Kéio ao comando do Executivo. O aceite do MDB deixou o PSD isolado, engessando a pré-candidatura a prefeito do ex-prefeito Valdo Rocha, que deverá se manter no grupo, apostando em um possível retorno seu, como candidato ao Executivo, em 2028. Em 2020, Kéio Olivo foi eleito através de uma candidatura única. Neste ano, no entanto, ele deverá enfrentar o ex-prefeito Ênio Zuchinalli, que deixou o MDB e está filiado ao Podemos, por onde pretende disputar mais uma vez o comando da Prefeitura Municipal de Morro Grande, a qual já administrou em duas ocasiões.
- Coordenador regional do Republicanos, Marco Antônio Mota, o Motinha, diz que todos os encaminhamentos tomados pelo partido nos municípios de nossa região, com vistas às eleições municipais deste ano, serão respeitados. Na semana passada, foi amplamente noticiado que o deputado federal Jorge Goetten (PL) estaria assumindo o comando do Republicanos em Santa Catarina, no lugar do ex-governador Carlos Moisés da Silva. De acordo com Motinha, no entanto, o comando nacional do partido deu garantias de que nenhuma mudança será feita em Santa Catarina antes das eleições deste ano, o que garantiria a manutenção dos acordos já firmados até o momento. A mudança no comando do Republicanos visaria principalmente aproximar a legenda do PL, do governador Jorginho Mello. Mas, de acordo com Motinha, mesmo onde o Republicanos for rivalizar com o PL em 2024, não haverá interferência estadual. Em que pese as expectativas da Coordenação Regional do Republicanos, não é nada fácil crer que o Republicanos, agora sob forte influencia do governador Jorginho Mello, irá fazer oposição oficial ao PL no pleito eleitoral deste ano.