segunda-feira, 1 DE setembro DE 2025
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Rolando Christian Coelho – Carol de Toni defendeu Carlos e se deu mal

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A deputada federal Carol de Toni (PL) foi bombardeada pelo fogo amigo em seu projeto de chegar ao Senado Federal através das eleições estaduais do ano que vem. Isto porque, o presidente nacional de seu partido, Valdemar da Costa Neto, passou a defender a tese de que os candidatos ao Senado por Santa Catarina, pela aliança do governador Jorginho Mello (PL), sejam o atual senador Esperidião Amin (PP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.


O irônico da história é que Carol foi o único nome do PL catarinense a defender Carlos Bolsonaro como candidato ao Senado por nosso Estado, quando esta possibilidade começou a ser discutida há alguns meses. Na ocasião, ela fez referência as qualidades do vereador, e ressaltou que acima das questões ligadas a residência dele em nosso Estado estavam os interesses da direita a serem defendidos no Congresso Nacional.
Por óbvio que a deputada já se achava dona de uma das vagas ao Senado pelo PL catarinense, em 2026, por conta de sua excelente votação em 2022, que rompeu a casa dos 227 mil votos. O problema de Carol é que Esperidião Amin, com seu Progressistas, e agora também com o União Brasil, através da federação União Progressista, é muito mais interessante para Jorginho Mello do que ela. Do mesmo modo, o nome de Carlos Bolsonaro tem muito mais peso político para Jorginho Mello do que ela. Não se trata de uma questão de gosto para Jorginho Mello. Trata-se de uma questão meramente matemática.
Para o governador, ter Amin como aliado é fundamental para que não haja dissidência na direita catarinense ano que vem, principalmente porque há o risco de que o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, migre do PSD para o Progressistas, ou para o União Brasil, caso seu partido se alie ao PL de Jorginho Mello por uma questão de conjuntura nacional.
Sabedora do risco que corre de ficar de fora da majoritária do PL ano que vem, Carol de Toni passou a insuflar as bases do partido em seu socorro. Ela também tem buscado se aproximar mais dos prefeitos da legenda, que terão papel central do processo de escolha dos candidatos ao Senado pelo PL. Paralelo a isto, a deputada tem se apegado a figura do presidente estadual do Republicanos, o deputado federal Jorge Goetten, que foi o primeiro cacique da política catarinense a defender seu nome para uma disputa ao Senado em 2026.
O mais interessante desta história é que Carol de Toni não está tendo a solidariedade de outros deputados federais do PL catarinense neste momento. Pelo menos até o momento nenhum deles saiu em sua defesa, a exemplo da deputada criciumense Júlia Zanatta, que quando começou a ser alijada do processo de discussão para a escolha dos candidatos do PL ao Senado também não recebeu qualquer tipo de solidariedade de seus pares, muito menos de Carol de Toni, que, como ressaltado, defendeu abertamente uma dobradinha sua com Carlos Bolsonaro.
Como se vê, nem sempre milhares de votos correspondem a experiência política.

Finais

Suplente de vereador Eduardo Cândido (PL) assume hoje a vaga do vereador Rafael dos Santos Silva, o Rafa Enfermeiro (PL), na Câmara Municipal de Sombrio. O parlamentar licenciado, por sua vez, retornará ao comando da Secretaria Municipal de Saúde. Rafa tem se consolidado como o nome do PL a sucessão da prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB), em 2028. A próxima eleição municipal em Sombrio, entanto, passa inevitavelmente pelo resultado das urnas da eleição estadual do ano que vem. Se o governador Jorginho Mello (PL) conquistar a reeleição, o projeto dos liberais em Sombrio ficará em alta. Do contrário, a oposição é quem ruma em direção a 2028 com maiores chances de eleição. Em meio a isto também é preciso observar qual movimento o MDB municipal fará diante de uma iminente candidatura do PL ao Executivo Municipal, já que o partido almeja emplacar um quinto mandato no município.

E o presidente Lula da Silva (PT) já escolheu seu adversário para a eleição presidencial do ano que vem. Durante o final de semana, Lula admitiu que o enfrentamento será contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, atualmente filiado ao Republicanos. A estratégia de Lula é bastante ambígua e arriscada, já que ele começou a ser referir a Tarcísio de Freitas como “a marionete de Bolsonaro”. O fato é que os bolsonaristas mais radicais têm sérias dúvidas quanto a fidelidade de Tarcísio de Freitas a Jair Bolsonaro. Boa tarde deles acreditam que Tarcísio está apenas usando o movimento bolsonarista para se promover, mas que no fundo seria apenas mais um candidato do sistema. Ao colar a imagem de Tarcísio a de Bolsonaro, Lula acaba quebrando as resistências que a direita radical tem contra seu possível opositor ano que vem, o que é algo temerário para a esquerda nacional.

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