Sombrio, mais uma vez, não conseguiu eleger uma mulher para a Câmara Municipal de Vereadores. Lá se vão quase duas décadas desde que uma representante do sexo feminino foi eleita para o legislativo municipal. As mulheres que ficaram mais próximas de chegar à Câmara sombriense, através da eleição do último dia 6, foram Lara Fontana (PP) e Ronise Euler (MDB), mas ainda assim faltaram mais de cem votos para Lara, e quase 200 para Ronise conseguirem assegurar suas cadeiras legislativas. A boa notícia é que a absoluta maioria das mulheres que disputaram a Câmara Municipal de Sombrio de fato se esforçaram para se eleger. Somados os sufrágios de todas as candidatas, elas chegaram à marca de 3.202 votos, o que correspondeu a quase 18% dos votos válidos dados às candidaturas proporcionais neste ano, percentual este que nunca havia sido alcançado nas eleições municipais de Sombrio. Além de Sombrio; Araranguá e Santa Rosa do Sul também não elegeram mulheres para a Câmara Municipal neste ano.
Já nos demais municípios da região, várias mulheres foram eleitas vereadoras. Balneário Arroio do Silva elegeu Maria Alice Luciano (PP) e Greicy Copetti (MDB). Balneário Gaivota elegeu Jussara Matos (MDB). Ermo elegeu Sabrina Antunes (PSD). Jacinto Machado elegeu Alice Cechinel (MDB) e Grasiela Emerich (PP). Maracajá elegeu quatro mulheres: Gisa Rocha (MDB), Lane Dassoler (MDB), Diane Pereira (PSD) e Gisele Dal Pont (PL). Meleiro elegeu Morgana Figueredo (PL) e Elixsandra Mota (MDB). Morro Grande elegeu Jane Sasso (PL). Passo de Torres elegeu três mulheres: Karini Colares (PP), Elisangela Coelho Rodrigues (PP) e Jéssica Kegellin (MDB). Praia Grande elegeu Kátia Rosy (MDB) e Luiza de Oliveira (PSDB). São João do Sul elegeu Janete Cardoso (MDB) e Rita Laureano (PP). Timbé do Sul também elegeu três: Vilma Ghelere (PP), Schana Pizzolo (PP) e Salete Bernhardt (MDB). Por fim, Turvo também elegeu três vereadoras: Renata Ribeiro (PP), Alessandra Búrigo (PP) e Cleonice Silvano (MDB). No total, foram 24 vereadoras eleitas, o que corresponde a 16% das cadeiras legislativas em nossa região.
Vale ressaltar, também, a eleição de mulheres para os Executivos Municipal. Sombrio reelegeu a prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB). Jacinto Machado elegeu a vice-prefeita Noeli Zacca (PP), e Morro Grande elegeu a vice-prefeita Tati Scarpati (PSDB).
Finais
- A descoberta da falsificação do certificado de conclusão do ensino médio do vereador Peri Soares, que foi candidato a prefeito de Sombrio pelo Progressistas, assim como a enxurrada de erros cometidos pelo marketing de sua candidatura na reta final da campanha, acabaram por lhe tirar qualquer expectativa de concorrer novamente ao Executivo Municipal em 2028. Os processos que deverão ser respondidos pelo vereador, tanto no que diz respeito a falsificação de documento público, quanto as ações judiciais que surgirão, ligadas ao seu marketing eleitoral, o imputarão um desgaste político que se arrastará por anos. Neste cenário, o bioquímico Cristian da Rosa, que é o atual presidente do Progressistas sombriense, e já foi candidato a prefeito em 2020, ressurge como nome natural no processo sucessório daqui a quatro anos, com reais chances de eleição, já que a prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB), não poderá disputar mais um mandato. Como o ex-prefeito emedebista Zênio Cardoso também estará fora do processo eleitoral, o jogo entre MDB e Progressistas começará zerado em Sombrio no próximo pleito municipal.
- Ainda que não tenha conquistado as cem prefeituras almejadas neste ano em Santa Catarina, o PL quase chegou lá, emplacando 90 prefeitos no Estado, e participando diretamente da eleição de outros 50 prefeitos filiados a outros partidos. O MDB, por sua vez, foi o partido que mais perdeu prefeitos. Em 2020 elegeu cem, e neste ano ficou na marca dos 69 eleitos. O Progressistas elegeu 53 prefeitos, mantendo o patamar conquistado em 2020. Já o PSD, um dos grandes da política catarinense, elegeu 41 prefeitos. Os demais partidos juntos elegeram 39 prefeitos, divididos em 13 eleitos pelo PSDB, nove pelo União Brasil, sete pelo PT, quatro pelo Republicanos, três pelo Partido Novo e três pelo Podemos. A partir de agora as atenções ficam voltadas para as estratégias que serão adotadas pelo governador Jorginho Mello (PL) para viabilizar seu projeto de reeleição. O caminho mais curto para isto é a através de uma aliança com o MDB, que fatalmente traria o PSDB a reboque, deixando Progressistas e PSD isolados. A grande questão, no entanto, é saber se o MDB aceitaria concorrer como candidato a vice de Jorginho, ou se optaria por mais uma derrota.