Governador Jorginho Mello (PL) não perdeu tempo e saiu em defesa da candidatura do senador fluminense, Flávio Bolsonaro (PL), à Presidência da República. Jorginho ressaltou que seu candidato, preferencialmente, seria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que na impossibilidade deste, a direita brasileira estaria bem representada pela candidatura de Flávio. Conforme o governador, Flávio Bolsonaro reúne as prerrogativas necessárias para disputar o Palácio do Planalto e, de acordo com ele, “evitar com que o PT governe o país por mais quatro anos”. Questionado sobre a possibilidade do vereador carioca, Carlos Bolsonaro, disputar o Senado pelo PL do Rio de Janeiro, no lugar de Flávio, ao invés de disputar pelo PL de Santa Catarina, Jorginho tangenciou. No entanto, disse que a vaga de Carlos em sua majoritária, ano que vem está garantida a ele.
Em que pese a diplomacia de Jorginho Mello, a candidatura de Flávio Bolsonaro soou indigesta para o governador, que vinha apostando suas fichas no governador paulista Tarcísio de Freitas (REP). Com Tarcísio encabeçando uma candidatura ao Palácio do Planalto, muito provavelmente o PSD do governador paranaense Ratinho Júnior iria a seu reboque, facilitando a articulação para desmontar a candidatura do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ao Governo do Estado. Confirmada a candidatura de Flávio, o cenário que se desenha sugere justamente o contrário, sendo provável que o Centrão banque a candidatura de Ratinho Júnior à Presidência, o que fortalece João Rodrigues em Santa Catarina.
Se de fato Ratinho Júnior disputar o Palácio do Planalto, a federação União Progressista deverá estar com ele, e, do mesmo modo, deverá estar com João Rodrigues no Estado. Mas esta não é uma realidade que acontece apenas em Santa Catarina. Em praticamente todos os Estados brasileiros uma candidatura presidencial de um integrante da família Bolsonaro não é bem aceita pelos partidos do Centrão. A aposta número um é Tarcísio de Freitas, e, depois dele, Ratinho Júnior. Em 2018, no entanto, Jair Bolsonaro conquistou a Presidência praticamente sozinho. Já em 2022, com metade do Centrão trabalhando pela candidatura de Lula da Silva (PT), Bolsonaro perdeu a eleição por uma diferença de apenas 1% dos votos. A lógica sugere que se Flávio Bolsonaro se empenhar, como seu pai se empenhou nos últimos dois pleitos presidenciais, suas chances de êxito são bastante grandes, independentemente de terceiros.
Finais
- O senador paranaense Sérgio Moro (União) não está tendo vida fácil dentro da federação União Progressista. Ele quer ser candidato ao governo do Paraná ano que vem, mas o Progressistas, que integra a federação com o União Brasil, já disse que não apoia tal projeto. No Estado, o Progressistas é aliado do governador Ratinho Júnior, e já deliberou em votação interna que apoiará o seu indicado a sua sucessão. Sérgio Moro lidera as pesquisas de intenção de votos e tem a possibilidade de mudar de partido para disputar o governo, que é o que provavelmente irá acontecer. Se ele permanecer filiado ao União Brasil corre o risco de sequer ter seu nome homologado em convenção da federação União Progressista para concorrer a governadoria paranaense.
- A esquerda da esquerda catarinense tem levantado uma série de objeções a respeito da possível candidatura do ex-senador Paulo Bauer, ao Governo do Estado, pelo PSB. Líderes de legendas como PCdoB e o Psol têm questionado o passado político de Bauer, sempre ligado a partidos de direita, como também têm feito questão de lembrar que ele votou pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. O ex-senador ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de disputar o governo catarinense com o apoio de partidos como o PT, PCdoB, PV e Psol, mas as especulações neste sentido são cada vez maiores. De todo modo ele já está tendo uma prévia de como deverá ser sua vida pelos próximos meses, caso se decida por tal empreitada.










