MDB do Sul do Estado tem trabalhado com a possibilidade de lançar três candidatos a Assembleia Legislativa ano que vem, mas o número poderá chegar a cinco, dependendo dos desdobramentos dos próximos meses dentro do partido. Em princípio, estão asseguradas a candidatura à reeleição do deputado estadual Tiago Zilli, como também a do ex-prefeito de Orleans, Jorge Koch, que disputará uma vaga no parlamento catarinense com o apoio do atual deputado estadual Volnei Weber (MDB). Afora Tiago e Jorge, o MDB do Sul do Estado também deverá reservar uma de suas vagas à Assembleia Legislativa a um militante, ou uma militante, ligado ao movimento MDB Afro.
Há no MDB, também, a possibilidade de outras duas candidaturas à Câmara Estadual. A mais provável é a da ex-deputada Ada de Luca, que depois de quatro mandatos na Assembleia disputou a Câmara Federal em 2022, ficando longe de atingir seu objetivo de eleição. O outro possível candidato a estadual é o atual deputado federal em exercício, Luiz Fernando Vampiro, cujo futuro político ainda é uma incógnita. No MDB, se diz que Vampiro está com os dois pés no PSD, por onde disputaria a Assembleia Legislativa ano que vem. Por sua vez, no PSD, se diz que o partido só terá dois candidatos a deputado estadual em 2026 no Sul do Estado, e que estes serão o ex-vereador criciumense Arleu da Silveira, aliado de primeira linha do ex-prefeito Clésio Salvaro (PSD), e o ex-prefeito de Braço do Norte, Beto Kurten, homem de confiança do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), que por sua vez concorrerá como candidato a deputado federal ano que vem.
Se a ida de Vampiro para o PSD sofrer objeções, ele deverá ficar no MDB, optando por disputar à reeleição, ou concorrer novamente à Assembleia Legislativa. Uma nova disputa de Vampiro como candidato a deputado estadual, no entanto, acaba estando vinculada diretamente o futuro político de Ada de Luca, já que ambos são de Criciúma. Estas duas candidaturas, aliadas à de Jorge Koch, deixaria a configuração dentro do MDB da região carbonífera bastante congestionada e incerta. O fato é que tanto Vampiro quanto Ada parecem estar esperando o cenário político se acomodar para saber qual rumo tomar diante de 2026.
Por conta das atuais circunstâncias, e pelo que vem sendo encaminhado tanto dentro do MDB quanto do PSD, o mais provável é que Vampiro dispute novamente à Câmara dos Deputados por seu atual partido. Isto não significa que ele será nome consensual na legenda. O ex-deputado federal Edson Bez de Oliveira, o Edinho, também já se lançou como pré-candidato à Câmara Federal. O vereador criciumense Marcos Machado tem a mesma pretensão, e o MDB trabalha, ainda, com a perspectiva de filiar a atual Secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta, para que ela concorra ao cargo de deputada federal ano que vem.
Finais
Entrevista concedida pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ao programa Canal Livre, da Rede Band, chamou bastante a atenção. Questionado sobre os líderes emergentes de seu partido, Brasil afora, Kassab fez referência a meia dúzia de nomes, citando neste contexto o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto. Até aí, tudo bem, afinal de contas Topázio é prefeito de uma capital brasileira. Todavia, Kassab não fez qualquer referência ao prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que, afinal de contas, é o pré-candidato de seu partido ao Governo do Estado de Santa Catarina. Pior que isto, ele citou justamente Topázio, que vem trabalhando de forma sistemática contra os interesses de João Rodrigues, na medida em que tem buscado amealhar apoios para o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL). A fala de Kassab, no fim, acaba reforçando a tese que o PSD catarinense está longe de se entender em relação a seu projeto eleitoral para o ano que vem.
Corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel, do PSD da Bahia, abriu ontem prazo de cinco dias para que os deputados catarinenses Júlia Zanatta, Carol de Toni e Zé Trovão, todos do PL, expliquem os motivos pelos quais obstruíram os trabalhos da Mesa Diretora da Casa por quase 30 horas, na semana passada. Além dos três catarinenses, outros 11 deputados do PL e do Novo, de diversos Estados, estão arrolados no processo administrativo instaurado pela Corregedoria. De acordo com Diego Coronel, seu parecer final sobre o episódio será dado até o final de setembro, dentro do prazo regimental. Em princípio, o deputado pode simplesmente arquivar o processo, ou levá-lo adiante, sugerindo a suspensão dos mandatos dos deputados envolvidos por um período de até seis meses. Diego Coronel é um político ligado a grandes empresários da Bahia, e, em princípio, simpatizante do bolsonarismo, o que acaba sendo bom para os deputados envolvidos.