Mais de vinte pré-candidaturas a prefeito não foram levadas adiante, em nossa região, com vistas às eleições municipais deste ano. Em Sombrio, Natanael Corvelo (PSDB), abandou seu projeto pois seu partido convergiu para uma aliança com a prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB). Em Balneário Gaivota, o ex-prefeito Ronaldo Pereira da Silva (PP), também desistiu de disputar um novo mandato, e seu partido acabou se aliando ao MDB. Em São João do Sul, o vereador Márcio Grei Magnus (MDB) abriu mão de disputar ele próprio o comando do Executivo Municipal e aceitou ser candidato a vice do PL de Gilberto Delfino, o Betinho. Em Jacinto Machado, Altair Marcolino, o Doril (PL), também desistiu da disputa pelo comando da prefeitura, e seu partido lançará apenas candidatos a vereador.
A lista é grande e contempla nomes como o do ex-vice-prefeito de Meleiro, Rogildo Bordignon (PSDB), que decidiu não concorrer ao cargo de prefeito depois que a maioria dos partidos de seu munícipio manifestaram apoio à pré-candidatura de Anderson Scarduelli (PL) ao comando do Executivo. Em Ermo, o vereador Geovani Buzzello (PSDB) também abriu mão de concorrer como candidato a prefeito, manifestando apoio ao seu correligionário Deoclecio da Silva, o Clesinho, no que diz respeito a disputa pela prefeitura.
Também em Ermo, o ex-vereador Luciano Domingos, o Canário (PDT), também decidiu não levar seu projeto de pré-candidato a prefeito adiante, e manifestou apoio à candidatura do prefeito Paulo Della Vechia (PL).
Em Santa Rosa do Sul, o vereador Moisés Réus (PL) também abriu mão da disputa majoritária, e hipotecou apoio ao projeto de reeleição do prefeito Almides da Rosa (PSDB). Em Araranguá, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Márcio Scarsanella, o Márcio Tubinho (PP), do mesmo modo decidiu não levar adiante seu projeto de chegar ao comando da Prefeitura Municipal, e aceitou ser candidato a vice do PL, que terá como candidata a prefeita Andresa Ribeiro.
Várias outras pré-candidaturas também ficaram no meio do caminho, pelos mais diversos motivos. Algumas pela falta de unidade dentro do próprio partido, outras pela dificuldade de aliança com outras legendas, e ainda, uma pequena fração, por questões judiciais. Tudo isto, no entanto, faz parte do jogo político. O expediente das pré-candidaturas se destina justamente a sentir o cenário pré-eleitoral, e observar quais projetos podem, e devem, ser levados adiante, e quais precisam ser descartados, para quem sabe serem retomados daqui a quatro anos.
Finais
- Ex-prefeito de Maracajá, Arlindo Rocha, o Lale (PT), registou sua candidatura a prefeito de Criciúma, Ele irá disputar a eleição tendo como candidata a vice-prefeita Mariana Sartor (Psol). Criciúma conta com nomes de peso nas eleições municipais deste ano, como o deputado federal Ricardo Guidi (PL), o ex-secretário municipal Vagner Espíndola (PSD), que é o candidato do prefeito Clésio Salvaro (PSD), e ainda o vereador Paulo Ferrarezi, que é o presidente do MDB criciumense. Todos de olho no comando da maior prefeitura do Sul do Estado. No que diz respeito a candidatura de Arlindo Rocha, ela também é a semeadura para as eleições de 2026, já que o ex-prefeito de Maracajá nunca escondeu seu desejo de disputar a Assembleia Legislativa. Caso não ganhe a disputa municipal, ainda assim Lale herdará a consolidação de seu nome na região carbonífera para a disputa estadual, daqui a dois anos.
- Das 43 chapas majoritárias que disputarão as 15 prefeituras dos municípios da Amesc, apenas sete são de esquerda, cinco das quais encabeçadas pelo Partido dos Trabalhadores. Percentualmente, 84% das demais candidaturas podem ser identificadas como de centro, ou de direita. Mais da metade das candidaturas de centro e direita são capitaneadas pelo PL e pelo Progressistas. Obviamente que estes números são um reflexo das últimas eleições em Santa Catarina, que tem mostrado um eleitorado cada vez mais conservador a cada escrutínio. Para nadar em águas tão turbulentas, os candidatos de esquerda vão precisar adaptar seus discursos as realidades municipais. Manter um posicionamento extremista durante a campanha eleitoral poderá ser fatal para as candidaturas deste viés ideológico, inibindo avanços da própria esquerda.
