Deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) está em uma verdadeira sinuca de bico diante do pleito eleitoral de 2026. Candidata natural à reeleição, a parlamentar enfrenta um dilema e tanto no que diz respeito a sua filiação partidária para enfrentar as urnas ano que vem.
Sua atual legenda nem de longe lhe dá a tranquilidade necessária para disputar a Câmara Federal com chances de reeleição. Em 2022, Geovânia já amargou a primeira suplência da federação PSDB-Cidadania, e hoje ela só ocupa uma cadeira no parlamento federal por conta da eleição da então deputada Carmem Zanotto, do Cidadania, para o comando da Prefeitura Municipal de Lages.
De lá para cá, o PSDB só piorou. Vicente Caropreso, um dos dois deputados estaduais eleitos pela legenda na eleição passada, já anunciou que irá se filiar ao União Brasil. Marcos Vieira, o segundo deputado estadual do partido, disse que irá encomendar uma pesquisa, que terá como objetivo ouvir os principais líderes tucanos do Estado, para saber delas qual caminho tomar diante das eleições do ano que vem. Vale ressaltar que Marcos Vieira é o presidente estadual do PSDB, e se nem ele sabe qual rumo tomar, imagine o que esperar dos demais caciques regionais tucanos.
Por óbvio que Geovânia de Sá não vai ficar esperando o PSDB definir seu futuro, para depois ela definir o dela. Mesmo porque o partido deverá estar aliado ao projeto de reeleição do presidente Lula da Silva (PT) em nível federal, e em um palanque adversário ao projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL). Estar associada a um projeto de centro-esquerda é tudo que Geovânia não precisa na eleição do ano que vem, principalmente por precisar dos evangélicos para viabilizar sua eleição.
O problema da parlamentar é que as opções que ela tem são muito exíguas. O PSD, por conta da presença de Clésio Salvaro, seu aliado histórico, é o partido que soa mais confortável para a deputada. Todavia, o deputado estadual Júlio Garcia será candidato a deputado federal pela legenda e, de forma natural, irá arrebanhar praticamente todos os cabos eleitorais da legenda no Sul do Estado para seu projeto.
O Progressistas, por sua vez, não dispõe de espaço por conta da candidatura a federal do deputado estadual José Milton Scheffer, já o MDB não conseguiu sequer encaminhar suas demandas internar. O partido não sabe, por exemplo, se o deputado federal em exercício, Luiz Fernando Vampiro, será candidato a reeleição ou se deixará a legenda, e, por conseguinte, também não sabe se o ex-deputado federal Edson Bez de Oliveira, o Edinho, levará adiante sua intenção de disputar a Câmara Federal. Afora Vampiro e Edinho, o MDB também tem considerado a possibilidade de lançar o vereador criciumense Marcos Machado como candidato a deputado federal, e, neste mesmo sentido, já fez convite para que a Secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta, se filie ao partido para disputar a Câmara dos Deputados. O que se percebe é que são tantas as nuances dentro do MDB, que parece mais fácil procurar abrigo em outra sigla do que esperar pelas definições do partido, objetivando saber se haverá espaço para uma disputa federal pela legenda.
Todos os demais partidos são inócuos, ou já estão com seus espaços preenchidos, como é o caso do PL, que contará com três deputados federais disputando a reeleição pelo Sul do Estado. A situação de Geovânia é de fato complicada e exigirá muita reflexão para que seu projeto eleitoral ano que vem não nasça comprometido.
Finais
Vereador gaivotense Felipe Santos (PSDB), que estava ocupando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, retomou sua cadeira na Câmara Municipal. De acordo com o parlamentar, o retorno às atividades legislativas se deu por conta da cobrança de seus eleitores e familiares, que vinham solicitando sua volta ao legislativo. Mesmo tendo estreitado laços com vereadores de oposição ao longo dos últimos meses, Felipe diz que se manterá aliado à bancada de situação, que dá sustentação a gestão do prefeito Kekinha dos Santos, que também é filiado ao PSDB. O vereador é um dos nomes do partido lembrado para a disputa municipal de 2028, com foco na sucessão do prefeito Kekinha, que, por ser reeleito, não disputará um novo mandato. Outro nome do PSDB, também lembrado para uma disputa executiva no município, é o do atual presidente da Câmara de Vereadores, Jaison Leal Pereira.
Advogado Mauri Nascimento tem se dito empolgado com sua candidatura à vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, destinada a advocacia, pelo Quinto Constitucional. A vaga, que pertencia ao desembargador aposentado Sebastião César Evangelista, será preenchida por meio de processo conduzido pela OAB, o que inclui votação direta da advocacia catarinense, e definição de listas sêxtupla e tríplice a serem encaminhadas respectivamente ao Tribunal de Justiça e ao governador Jorginho Mello (PL), que promoverá a escolha final. De acordo com Mauri, a receptividade de sua candidatura junto aos advogados de todo o Estado tem superado suas expectativas, o que o faz crer que estará entre os três nomes que serão, por fim, objeto de escolha por parte do governador. No Sul do Estado, a adesão ao nome de Mauri Nascimento por parte dos advogados tem sido extremamente significativa.