sexta-feira, 24 DE outubro DE 2025
PolíticaRolando Christian Coelho - Pesquisa: Jorginho e João caem, Décio sobe

Rolando Christian Coelho – Pesquisa: Jorginho e João caem, Décio sobe

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Recente pesquisa do Instituto Neokemp, realizada entre 20 e 21 desta semana, indica que o governador Jorginho Mello (PL) segue na liderança da disputa pelo governo de Santa Catarina, ainda que tenha recuado 4,2 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, realizado no final de setembro. De acordo com o Neokamp, Jorginho tem 41,8% das intenções de voto, seguido pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), com 19,9%, que, por sua vez, caiu 3% em relação a última pesquisa. O ex-deputado e atual presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima (PT), aparece com 16,1%, tendo subido 1,1%. Outros 15,8% dos entrevistados disseram que ainda não sabem em quem votarão e 6,4% disseram que votarão em branco ou anularão o voto. Na pesquisa anterior, realizada pela Neokamp nos dias 22 e 23 de setembro, Jorginho tinha 46%, João Rodrigues tinha 22,9% e Décio 15%.

O levantamento ouviu 1.008 pessoas em 87 municípios de Santa Catarina, contemplando todas as regiões do Estado, e tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, e um nível de confiança de 95%. Na leitura regional, Jorginho Mello mantém vantagem em quase todas as regiões do Estado, no entanto, perde para João Rodrigues no Oeste catarinense. Naquela região, o prefeito de Chapecó registra 46,4% das intenções de voto, contra 26,8% do governador.
Os dados sugerem que, embora Jorginho Mello continue sendo o nome mais forte do pleito estadual de 2026, já aparecem sinais de desgaste em sua base de apoio. João Rodrigues permanece como principal concorrente, mas também mostra fadiga. Décio Lima, por sua vez, registra leve crescimento, em relação à pesquisa anterior, especialmente nas regiões litorâneas e urbanas.
O mesmo levantamento também ouviu o eleitor catarinense sobre sua intenção de voto para o Senado. A exemplo do levantamento anterior, o vereador carioca Carlos Bolsonaro e a deputada federal Carol de Toni, ambos do PL, permanecem na liderança, no que diz respeito a briga pela Câmara Alta, em distintos cenários. Instigado a votar em dois candidatos ao Senado, tal qual acontecerá na eleição do ano que vem, o eleitor catarinense conferiu a Carlos Bolsonaro 42,8% das intenções de voto. Carol de Toni somou 40,6%; Esperidião Amin (PP), somou 32.1% e Décio Lima 30,9%. Neste questionário o nome do ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), também foi incluído, alcançando 10,8% das intenções de voto. Disseram que ainda não sabem em quem votar 30,7% dos eleitores e outros 12,2% disseram que votarão em branco ou anularão seus votos para o Senado. Os percentuais somam 200% porque cada entrevistado pode opinar duas vezes sobre quem irá votar.

Finais

Em que pese a manutenção da vantagem de Jorginho Mello em relação a seus adversários, a pesquisa Neokamp mostra claramente que o jogo eleitoral de 2026 ainda está totalmente aberto. Para ter relativa tranquilidade, o governador precisa se manter, no mínimo, na casa dos 45%. Este percentual, após excluído dos votos brancos e nulos, provavelmente lhe conferiria um novo mandato ainda no primeiro turno. Qualquer percentual inferior a este pode levar a eleição para o segundo turno, o que é muito perigoso para Jorginho, pois a tendência é que a oposição se unisse contra ele. Neste sentido, o perigo está em a esquerda não ir para o segundo turno, manifestando apoio a João Rodrigues da segunda etapa da eleição.

Em relação a disputa pelo Senado, tudo continua condicionado a participação, ou não, da deputada federal Carol de Toni na eleição majoritária. Caso ela e Carlos Bolsonaro concorram à Câmara Alta, dificilmente Esperidião Amin ou Décio Lima os ultrapasse. As chances de Décio são menores ainda por conta do segundo voto. O eleitor simpático a esquerda votaria nele e ficaria com o segundo voto em aberto, provavelmente convergindo para Esperidião Amin. Em uma disputa pelo Senado, as cosias começariam a melhorar para Décio Lima se a esquerda tivesse um segundo candidato em potencial, para amarrar o segundo voto, e se a direita lançasse mais candidatos também, o que fracionaria os percentuais dos candidatos deste espectro político.

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