O comando nacional do PL traçou uma meta arrojada para o partido, diante das eleições municipais do ano que vem. A legenda que eleger nada menos do que mil prefeitos no país em 2024. Atualmente o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro conta com 300 prefeitos, número este que mescla aqueles que se elegeram em 2020, com os que ingressaram no PL nos últimos dois anos e dez meses.
Mais que triplicar o número de prefeitos de uma eleição para outra, não é tarefa fácil, e, por isto mesmo, tanto Jair Bolsonaro, quanto a ex-primeira Dama, Michele Bolsonaro, que também é presidente do PL Mulher Nacional, já disseram que irão fazer campanha sistemática para seus candidatos a prefeito em todo o país. A estratégia inclui participação em comícios e gravação de vídeos personalizados para os candidatos.
Para atingir a meta, a cúpula do PL tem orientado o partido a se aproximar de outras legendas de direita e centro direita, objetivando coligações que possam facilitar a eleição de seus candidatos. O Progressistas e o Republicanos são os partidos mais recomendados pelo comando do PL para coligações em 2024, ainda que não haja restrições a outras siglas, desde que estas não sejam de esquerda, a exemplo do PT, PDT e PCdoB.
Por falar em PT, o partido tem metas bem menos audaciosas. A legenda do presidente Lula da Silva, que atualmente conta com 183 prefeitos no país, já se dará por satisfeita se conseguir eleger 300 prefeitos em 2024, um terço do que é pretendido pelo PL. O PT, no entanto, está focado na disputa das maiores prefeituras do país, dentro de um perfil de eleitores mais urbanizados. O PL também quer ganhar as grandes prefeituras, mas não abre mão de eleger prefeitos nos municípios menores, principalmente no Centro Sul do Brasil.
Finais
- Ex-deputado estadual Marcos Marcondes do Nascimento, que é irmão do advogado sombriense Mauri do Nascimento, se filiou ao Progressistas, partido que é comandado em nível estadual pelo também sombriense Leodegar da Cunha Tiscoski. A filiação de Marcos abre especulações com vistas a 2024. De forma automática ele passa a ser o principal cotado de seu novo partido para disputar a Prefeitura Municipal de São José. Há também a possibilidade de que o Progressistas se alie ao PL, concorrendo como vice de Adeliana Dal Pont (PL), ex-prefeita de São José por dois mandatos, e natural de Timbé do Sul. Adeliana, aliás, esteve presente no ato de filiação de Marcos Marcondes, que também foi prestigiada por figuras como o senador Esperidião Amin (PP) e a ex-deputada federal Ângela Amin (PP).
- É interessante observar que este namoro entre o Progressistas e o PL em São José não se dá de forma isolada. O governador Jorginho Mello (PL) dificilmente disputará a reeleição com chapa pura, e o partido mais afinado ideologicamente com o PL, para concorrer como seu vice em 2026, é o Progressistas. Além de fortalecer sua chapa, Jorginho Mello também evitaria a união do Progressistas com o PSD, partido que tem trabalhado com afinco objetivando se estruturar com vistas a eleição governamental. O grande problema de Jorginho são as eleições municipais do ano que vem, que deverão colocar o PL e o Progressistas em campos opostos em boa parte dos municípios de Santa Catarina. Se as feridas que serão abertas em 2024 não forem cicatrizadas a tempo, isto pode comprometer o projeto de aliança com o partido de Esperidião Amin em 2026.