A polarização política no Brasil, protagonizada pela direita e pela esquerda, tem gerado uma série de impasses que são pouco relevantes para a resolução dos reais problemas de nosso país. Com um cenário dividido por discursos extremistas de ambos os lados, a democracia brasileira sofre, e a união de forças em prol de soluções, para temas que realmente importam, parece cada vez mais distante. Em um país marcado por desigualdades, o radicalismo, seja ele de direita ou de esquerda, alimenta uma guerra ideológica que só serve para que o Brasil fique cada vez mais longe de ter uma identidade única, que o vocacione para o desenvolvimento, e para a consolidação de uma Nação de verdade.
É necessário que ambos os lados moderem seus discursos e práticas. A insistência em propagandear ideologias extremistas, sem abertura para o diálogo, só aprofunda a crise política e social que o Brasil enfrenta. Em vez de focar em pautas identitárias ou disputas teóricas sobre gênero, religião ou costumes, os partidos e seus líderes devem se voltar para as demandas mais urgentes da população. O verdadeiro interesse do eleitorado está longe das polêmicas ideológicas; o que o brasileiro realmente busca é a solução para os problemas do dia a dia.
A população quer ver melhorias concretas na sua qualidade de vida. A falta de infraestrutura básica, como ruas pavimentadas, escolas de qualidade que garantam uma educação adequada para seus filhos, e postos de saúde com atendimento eficiente e medicamentos disponíveis, são as questões que realmente importam para a maioria dos brasileiros. Essas demandas não são atendidas por teorias econômicas ou sociológicas complexas, nem pelos debates acalorados sobre temas que estão distantes da realidade de quem vive nas periferias das grandes cidades ou regiões rurais. O foco precisa estar nas ações práticas que podem melhorar a vida das pessoas, independentemente de ideologias.
A moderação é o caminho para o fortalecimento da democracia brasileira. O extremismo e a intolerância impedem que se construa um país mais unido e desenvolvido. Somente com uma união de forças, independentemente da orientação política, será possível encontrar soluções que realmente beneficiem a população. É preciso superar as rivalidades ideológicas e trabalhar em conjunto para garantir que os serviços públicos funcionem, que a economia seja fortalecida e que as desigualdades sejam reduzidas.
Portanto, a moderação de discursos e práticas deve ser uma prioridade tanto para a direita quanto para a esquerda. Sem isso, o Brasil continuará preso em uma guerra fratricida que em nada contribui para o futuro de nossa Nação.
Finais
- As eleições deste ano nos brindaram com algumas surpresas bastante interessantes. Umas boas, outras nem tanto. O Republicanos e o União Brasil de Araranguá, por exemplo, surpreenderam por suas expressivas votações para o conjunto de seus candidatos a vereador. O Republicanos emplacou 6.328 votos e assegurou três cadeiras na Câmara de Municipal Vereadores. Já o União Brasil emplacou 5.742 votos, assegurando duas cadeiras legislativas na Cidade das Avenidas. Quem também teve uma expressiva votação, só que em Sombrio, foi o PL, que conquistou 3.151 votos para seus candidatos a vereador, assegurando duas cadeiras no legislativo. Na via inversa, tivemos situações próximas ao vexame. O União Brasil de Sombrio e de São João do Sul, assim como o Solidariedade de Araranguá, não chegaram aos cem votos para o conjunto de seus candidatos a vereador no último dia 6 de outubro.
- E as urnas em Araranguá não foram nenhum pouco simpáticas com alguns políticos contemporâneos do município. Os atuais vereadores Luciano Pires (União) e Jair Anastácio (PSD), que já foram presidente do legislativo municipal no atual mandato, não conseguiram suas reeleições. O ex-presidente da Câmara Municipal, no mandato 2013/2016, Ozair Banha da Silva (PT), também não conseguiu conquistar um novo mandato de vereador. O ex-vereador Igor Batista Gomes (PSD), que disputou a Prefeitura Municipal de Araranguá em 2020, a exemplo do advogado Ricardo Ghelere (PSD), que também disputou a prefeitura na eleição de quatro anos atrás, do mesmo modo não conseguiram se eleger vereador neste ano. Ainda no que diz respeito aos atuais vereadores, Edir Gomes Batista, o Tico (MDB), e José Carlos Cândido, o Zico (PSD), também não conseguiram assegurar suas reeleições.