Nova pesquisa Genial/Quest, realizada entre 2 e 5 de outubro, reafirma a liderança do presidente Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto, ano que vem. Em um confronto direto, no segundo turno, contra Tarcísio de Freitas (Rep), Lula faria 45% dos votos e o governador de São Paulo faria 33%. Contra Eduardo Bolsonaro, Lula faria 46% e o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faria 31%. Contra Michele Bolsonaro, Lula faria 46% e a ex-primeira dama faria 34%.
Em uma disputa contra Ratinho Júnior (PSD), Lula faria 44% e o governador do Paraná 31%. Conta Romeu Zema (Novo), Lula faria 47% e o governador de Minas Gerais 32%. Já contra Ronaldo Caiado, Lula faria 46% e o governador de Goiás, que é filiado ao União Brasil, faria 31%. A maior diferença pró-Lula em um confronto contra os governadores se daria em um embate com Eduardo Leite (PSD), que governa o Rio Grande do Sul. Em uma disputa direta entre os dois, Lula faria 45% dos votos e Eduardo 22%.
A menor diferença entre Lula e um adversário direto se daria em uma disputa contra o ex-governador de Ceará, Ciro Gomes (PDT). Em um confronto entre os dois, Lula faria 41% e Ciro 32%. Isto é credenciado ao fato de ambos serem da região Nordeste, com Ciro tendo uma excelente aceitação especialmente em seu Estado de origem.
De um modo geral os maiores percentuais de aceitação do presidente Lula da Silva continuam na região Nordeste do país, e entre as pessoas de menor escolaridade e menor faixa de renda. Já seus menores percentuais estão na região Sul, e entre as pessoas com maior escolaridade e maior faixa de renda. Basicamente, continuamos vendo um país dividido, com as regiões Norte e Nordeste pró-Lula e as demais regiões pró-oposição. Quanto mais ao Sul, maior é a oposição.
A falta de unidade da direita até este momento é algo que tem beneficiado bastante o presidente Lula em seu projeto de reeleição. Os eleitores alinhados com seu viés ideológico sabem em que votar. Já os eleitores alinhados com o viés ideológico de direita têm múltiplas possibilidades de escolha e, por conta disto, nenhum candidato específico é potencializado. Muito provavelmente, quando a direita se decidir por seu candidato, a diferença percentual em relação a Lula cairá bastante.
A aposta de Lula para evitar que o jogo político de 2026 não se volte contra ele está no Centrão, e especialmente em partidos como o MDB, União Brasil e Progressistas. Em princípio, a expectativa do PT é que haja um racha nestas legendas, o que faria com que importantes lideranças filiadas a elas se irmanassem ao projeto de reeleição do presidente. E é isto o que de fato deverá acontecer, repetindo o mesmo cenário em nível nacional que já se tem observado desde 2002, quando Lula foi eleito presidente pela primeira vez.
A pesquisa Genial/Quest em voga ouviu 2.004 eleitores, foi realizada em 120 municípios e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Finais
Eleição para a escolha do novo desembargador de Santa Catarina continua em decurso. Na última segunda-feira, mais de 19 mil advogados votaram para escolher uma lista com seis nomes, de seus pares, que será enviada ao Tribunal de Justiça, para que o mesmo a depure, e a transforme em um documento com três nomes, que será enviado para a apreciação do governador Jorginho Mello (PL). Caberá a ele escolher um destes três para ser o novo desembargador da justiça catarinense. Constam na lista sêxtupla os advogados Mauri Nascimento, Marcio Vicari, Willian de Quadros, Giovani Lima, Giane Bello, e Ivan Naatz, que também é deputado estadual pelo PL. Jorginho Mello já disse que Naatz será o escolhido, desde que conste na lista tríplice. A escolha dos três nomes que serão enviados ao governador será feita de forma secreta, através do voto de 95 desembargadores. Tem gente apostando alto que Ivan Naatz não estará na lista tríplice.
Deputado federal Fábio Schiochet (União) está ensaiando entrar na briga por uma vaga majoritária ano que vem. Em princípio, sua disposição seria a de disputar a vice-governadoria, independentemente de que lado for. Schiochet é muito próximo do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que é pré-candidato ao governo pelo PSD, o que é motivo para por ainda mais lenha na fogueira do jogo eleitoral do ano que vem. O fato é que o Progressistas, que compõe a federação União Progressistas com o partido do deputado, tem buscado assegurar uma vaga de candidatura ao Senado para que Esperidião Amin dispute à reeleição aliado ao PL. Na prática, onde o União Brasil estiver, o Progressistas também precisará estar, e vice-versa. Caso Schiochet fosse indicado candidato a vice na chapa de Jorginho Mello (PL), Amin também ficaria sem espaço, pois o União Brasil já teria ocupado o espaço destinado a federação na majoritária do governador.