As eleições municipais do último dia 6 de outubro trouxeram à tona uma questão crucial para os prefeitos eleitos e reeleitos em nossa região: a necessidade de planejar suas gestões com foco estratégico, voltado para o desenvolvimento sustentável de seus municípios. A consolidação do Século XXI, e suas demandas cada vez mais ligadas ao conforto social, impõem às administrações a necessidade de vocacionar cada município a explorar cada vez mais suas potencialidades de forma sustentável.
Todo município possui características e potencialidades únicas que podem ser aproveitadas para fortalecer a economia local. Os prefeitos e gestores públicos precisam estar atentos a essas particularidades e concentrar esforços em áreas com maior capacidade de geração de empregos e renda. Seja na agricultura, no turismo, na indústria ou no setor de serviços, o desenvolvimento estratégico passa pela identificação desses setores, de forma profissional, e longe dos achismos.
Além da vocação econômica, o investimento em infraestrutura é essencial para atrair novos investidores e garantir que os municípios se destaquem em um cenário cada vez mais competitivo e que tem primado pela qualidade de vida. Investir em saneamento básico, pavimentações e melhoria dos serviços públicos são medidas que garantem não apenas a qualidade de vida da população, mas também um ambiente propício para o desenvolvimento empresarial. Municípios com infraestrutura precária tendem a repelir investimentos, enquanto aqueles que avançam nessa área se tornam atrativos para o capital vindo de fora.
A preservação do meio ambiente também deve ter prioridade nas administrações municipais. O crescimento sem planejamento pode comprometer recursos naturais essenciais e prejudicar a qualidade de vida da população no longo prazo. Os prefeitos devem adotar políticas públicas que conciliem o desenvolvimento econômico com práticas de sustentabilidade, preservando o patrimônio ambiental.
Outro ponto crucial para os gestores municipais é a inovação. Prefeitos que buscam atrair investimentos e dinamizar a economia de seus municípios precisam adotar uma atitude inovadora. Isso envolve não apenas modernizar os processos administrativos e oferecer mais eficiência nos serviços públicos, mas também criar um ambiente propício para o surgimento de novas empresas, com incentivos fiscais, desburocratização e capacitação de mão de obra local.
Em resumo, os prefeitos eleitos e reeleitos, que tomarão posse em janeiro, têm a responsabilidade de transformar seus municípios em ambientes propícios para o crescimento sustentável e a inovação. Isso requer planejamento estratégico, investimentos em infraestrutura e saneamento, e o desenvolvimento de políticas públicas que valorizem as potencialidades locais. O desafio está lançado, e o futuro de nossos municípios depende muito das decisões que serão tomadas pelos nossos gestores.
Finais
- O Governo Federal confirmou o fechamento da agência da Receita Federal em Araranguá, conforme publicado no Diário Oficial da União. A portaria cita como justificativas a falta de servidores, a dificuldade de realocação de profissionais e a suposta queda na demanda por atendimentos presenciais. Contudo, esta decisão é considerada um erro grave por especialistas, que alertam para os prejuízos que isso traz à comunidade local, especialmente para empresas e contadores. Sem uma agência da Receita Federal aqui no Extremo Sul Catarinense, o atendimento será mais difícil, afetando as vantagens da economia da região. Em vez de aprimorar o atendimento à população e ao setor privado, responsável por grande parte da geração de riqueza no nosso país, o governo parece caminhar na direção contrária, enfraquecendo estruturas essenciais para a eficiência do serviço público.
- O acidente doméstico que acabou colocando o presidente Lula da Silva (PT) sob cuidados médicos, e longe da reta final do segundo turno das eleições, não deixou de ser providencial. Todos os olhares do Brasil, neste momento, estão voltados para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, onde o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enfrenta o deputado Guilherme Boulos (Psol), que tem o apoio de Lula. Todas as pesquisas, no entanto, têm indicado vitória de Nunes sobre Boulos nesta segunda etapa da eleição, o que acaba sendo, também, uma vitória de Bolsonaro sobre Lula. Longe dos holofotes, Lula acaba se preservando e não contabilizando essencialmente para si a possível derrota política de Boulos. Quem deverá ficar com esta pecha será o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que foi incumbido de ser o pajem de Boulos nesta reta final da campanha. Como se vê, as vezes um tombo no banheiro não é de todo ruim assim.