Os comandos do PSD e do Novo estão tentando se acertar nos Estados, para formar consenso em relação a uma possível aliança entre os dois partidos para as eleições do ano que vem. No Parará, o governador Ratinho Júnior (PSD) já abriu as portas de seu governo receber integrantes do Novo. Discute-se a possibilidade de o partido compor como vice do PSD na disputa pelo governo estadual paranaense em 2026. Em Minas Gerais o governador Romeu Zema, que é filiado ao Novo, abonou a migração de seu vice, Mateus Simões, para o PSD, por onde deverá concorrer ao governo mineiro na eleição que se avizinha. Neste sentido, receberá o apoio de Zema para o projeto.
Em princípio, começa a ser esculpida uma candidatura de Ratinho Júnior a Presidência, com Romeu Zema como seu candidato a vice. O fato é que o PSD está percebendo cada vez mais que Tarcísio de Freitas (REP) está bastante inseguro em relação ao seu futuro político, e que poderá declinar definitivamente de concorrer ao Palácio do Planalto para tentar a reeleição ao governo paulista. Ratinho permanece de prontidão, como substituto imediato desta candidatura, mas não descarta a possibilidade de concorrer ao Planalto, também, caso observe que o projeto de Tarcísio não agregue o apoio necessário para derrotar o presidente Lula da Silva em seu projeto de reeleição. Neste projeto, Romeu Zema entraria no projeto como candidato a vice do PSD.
Esta aproximação das duas legendas poderá ter reflexos diretos em Santa Catarina. Já faz tempo que o comando do PSD e do Novo têm conversado sobre uma possível aliança no Estado. O objetivo do Novo é ter, principalmente, base eleitoral para comportar, com chances de vitória, suas candidaturas ao Senado. O deputado federal Gilson Marques já está em pré-campanha com este propósito, com a segunda vaga estando à espera da deputada federal Carol de Toni. Se isto de fato acontecer, a candidatura de João Rodrigues ao governo começará a ganhar musculatura.
Finais
Pelo visto, o governador Jorginho Mello (PL) não irá precisar de adversários políticos ano que vem. Ontem o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), que, em princípio, é seu aliado, postou em suas redes sociais que os candidatos ao Senado por Santa Catarina, que terão o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), serão ele próprio e a deputada federal Carol de Toni (PL). Como se sabe, o governador Jorginho Mello, que também é o presidente do PL catarinense, já disse que não há espaço para que Carol dispute uma vaga majoritária por sua coligação. Carlos Bolsonaro, e seu pai, pelo visto, não estão satisfeitos com a indicação de apenas um candidato ao Senado por nosso Estado ano que vem. Ao contrário disto, querem indicar os dois candidatos do PL. Pelo que o vereador deixou subentendido, se o projeto não der certo pelo PL, Carol irá para outro partido e fará dobradinha branca com ele. Jorginho que se vire para convencer o senador Esperidião Amin (PP) a ficar do seu lado, mesmo com os Bolsonaro o excluindo de seus projetos para o Senado Federal. Hoje as fichas do governador estão apostadas em Carlos e Amim, que muito provavelmente irá rever seu plano de voo em relação a 2026.
Está previsto para ser julgado no próximo dia 6 de novembro, no Tribunal Regional Eleitoral, em Florianópolis, recurso do vereador sombriense Jucimar Custódio, o Bujão (PSDB), que objetiva reverter condenação de primeira instância que cassou seu mandato e também de todos os suplentes de seu partido. A cassação foi motivada por conta da tese de fraude no preenchimento das cotas de gênero da federação partidária PSDB/Cidadania, nas eleições proporcionais do ano passado. A sentença identificou uma tentativa da federação de cumprir formalmente os 30% exigidos por lei para candidaturas femininas, mas utilizando nomes sem condições legais de registro. De acordo com a sentença, houve desvio de finalidade e ausência de diligência mínima, configurando a fraude. Dentre as situações irregulares, estavam a inscrição de uma candidata que não havia prestado contas de uma outra candidatura sua a vereadora, referente a eleição de 2020, e também o fato de outra candidata não ter justificado a ausência de votação nas eleições de 2022.











