O PT está tendo bastante dificuldade em viabilizar seus planos majoritários, em nossa região, nas eleições municipais deste ano. O partido entrou 2024 almejando lançar pelo menos 13 candidatos a prefeito, ou a vice-prefeito, no conjunto dos 15 municípios da Amesc. A proximidade com o período eleitoral, no entanto, tem mostrado uma realidade que destoa da pretensão inicial.
Em princípio, as candidaturas majoritárias mais próximas de se tornarem realidade são as de Geraldo Pessoa, em Araranguá, a de Carlos de Fáveri, em Sombrio, a de Emerson Lazzaron, em Balneário Gaivota, a de Jeferson Martins, em Passo de Torres, e a de Bárbara Topanotti, em Ermo, todas elas vocacionadas ao comando do Executivo Municipal. Daí, para adiante, todos os gatos são pardos.
principal problema do PT é a falta de aliados para o embate eleitoral de Outubro. Na absoluta maioria das vezes em que chegou ao poder em nossa região, o partido esteve aliado ao Progressistas ou ao MDB. Estas duas legendas, no entanto, na grande maioria dos municípios aqui do Extremo Sul, têm se esquivado do PT, com receio, por óbvio, de perder o eleitor conservador, que ainda é maioria nos municípios da região. O fato é que mesmo que Progressistas e MDB quisessem se aliar ao PT, isto acabaria afastando outros partidos, que são aliados destes, e que em maioria estão abrigados no voto conservador.
Há, por óbvio, as exceções. A principal delas está em Praia Grande, onde tanto o Progressistas, quanto o MDB, não veem grandes problemas em ter o PT como candidato a vice, por exemplo, já que a esquerda no município sempre foi muito forte. Em Maracajá, o PT também teria espaço para indicar o vice do MDB, mas se trata de uma costura tão complexa de ser equacionada que o mais provável é que isto não aconteça.
O fato é que se o partido de fato quiser marcar presença no pleito eleitoral deste ano, em nossa região, terá que ir à luta com suas próprias forças. O mais provável é que não colha muito do que irá plantar, mas, pelo menos, não sumirá da vista dos eleitores, o que de fato poderia ser capital para a legenda, que precisa estar fortalecida para o pleito nacional e estadual de 2026.
Finais
- MDB de Balneário Arroio do Silva referendou o nome da advogada e jornalista Larissa Biléssimo como pré-candidata a prefeita do município. Nos bastidores, o partido tem trabalhado uma aliança com o PL, que terá o empresário Jairo Borges como candidato a prefeito. A tendência é que Larissa concorra como sua candidata a vice, através de uma dobradinha PL/MDB. O Podemos também poderá fazer parte do grupo, que tentará derrotar o projeto de reeleição do prefeito Evandro Scaini (PP), que por sua vez concorrerá com o vereador Vanderlei de Souza, o Lei do Mar Azul (União), como seu candidato a vice. O nome de Larissa surgiu pelas mãos do deputado Tiago Zilli, que busca reorganizar o partido em Arroio do Silva. A título de curiosidade, Tiago e Larissa são naturais de Timbé do Sul.
- Também natural de Timbé do Sul, o prefeito de Araranguá, César Antônio Cesa (MDB), tem trabalhado para que as eleições em seu município não sofram influência de uma possível onda Bolsonaro, em nível local. De acordo com o prefeito, questões ideológicas não devem ser levadas em conta em uma eleição local, “onde, o que o cidadão de fato almeja é a resolutividade de seus problemas cotidianos”. O principal bloco de oposição que se formará contra César Cesa, nas eleições deste ano, será capitaneado pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, que terá como candidata a prefeita Andressa Ribeiro. Na via inversa, por óbvio, Andressa trabalhará justamente para que o movimento bolsonarista encampe sua campanha, o que, supostamente, maximizaria suas chances de eleição.