Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Sombrio, Rafael dos Santos Silva (PL), o Rafa Enfermeiro, assumiu ontem, pela manhã, o comando da Prefeitura Municipal, por conta das licenças simultâneas solicitadas pela prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB) e por seu vice, Jeriel Isoppo (MDB). Ainda que a posse de Rafa tenha se dado para um mandato interino de apenas cinco dias, ela foi eivada de simbologias, assim como de frases, aqui e acolá, dando a entender que o vereador poderá disputar o comando da Prefeitura Municipal no processo de sucessão da prefeita.
Em sua fala, Gislaine ressaltou, por exemplo, que enquanto vice-prefeita de Zênio Cardoso (MDB), também tomou posse como prefeita interina, assinando o mesmo Livro Ata que naquele momento seria assinado por Rafa Enfermeiro. Complementando a frase, sentenciou que, talvez, no futuro, o próprio vereador poderia estar tomando posse como prefeito titular, assim como ela.
Antes da fala de Gislaine Cunha, o próprio Rafa já havia falado da honra de estar assumindo interinamente o comando do Executivo Municipal sombriense, ressaltando que daqui a três anos e alguns meses, “quem sabe”, ele pudesse voltar a assinar o Livro Ata, numa clara alusão a uma possível candidatura sua à Prefeitura de Sombrio. Em seguida o vereador emendou a fala, enfatizando que em política tudo é possível, o que contemplaria até mesmo o fato dele sequer disputar as eleições de 2028.
Para qualquer bom entendedor, no entanto, ficou bastante claro que Rafa Enfermeiro tem pretensões executivas na próxima eleição municipal de Sombrio, como também ficou claro que a prefeita Gislaine Cunha não tem objeções quanto a isto. Por óbvio que daqui até lá há uma gigantesca ponte a ser transposta, e que passa, inevitavelmente, pela eleição estadual do ano que vem. Caso o governador Jorginho Mello (PL) seja reeleito, as coisas ficarão bem encaminhadas para quaisquer projetos municipal do PL em 2028. Por outro lado, se a oposição a Jorginho ganhar a eleição estadual, o PL dificilmente conseguirá sustentar uma campanha a prefeito em Sombrio, e acabará manifestando apoio ao seu principal parceiro na atualidade, o MDB.
A próxima eleição municipal de Sombrio também passa inevitavelmente pelo projeto eleitoral do deputado estadual José Milton Scheffer (PP), ano que vem. Caso ele seja eleito deputado federal, o Progressistas irá lançar o presidente municipal do partido, Cristian Rosa, ou o vereador Dion Elias, como candidato a prefeito. Por outro lado, caso Zé Milton não se eleja, ele próprio deverá disputar a prefeitura sombriense em 2028, algo que é bastante temerário para qualquer adversário que tente derrotá-lo.
Finais
Suplente de vereadora de Balneário Gaivota, Patrícia Padilha, a Paty (PRD), irá assumir por 30 dias a vaga do vereador Paulo Roberto da Silva, o Paulinho (PRD), no legislativo municipal. A licença de Paulinho, comunicada ontem à Mesa Diretora da Câmara, faz parte da estratégia do PRD de possibilitar que todas as candidatas mulheres do partido, que disputaram a vereança no ano passado, possam assumir uma cadeira parlamentar por pelo menos um mês ao longo do atual mandato. Moradora de Balneário Gaivota há 12 anos, Paty Padilha é uma líder comunitária da Praia Onda Azul, e promete apresentar projetos, durante o período em que estiver no legislativo municipal, que estejam em sintonia com as demandas de seu bairro e também do município. O rodízio de suplentes do PRD na Câmara de Gaivota foi proposto pelo presidente de honra do partido, José Godinho Nunes, ainda durante a campanha eleitoral de 2024.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou na tarde de ontem, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas a ele. Na decisão, Moraes afirma que o ex-presidente teria utilizado perfis de aliados nas redes sociais, como os de seus filhos, para divulgar mensagens com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro. Moraes destaca que não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Bolsonaro. A decisão de Alexandre de Moraes, por óbvio, irá incendiar ainda mais o movimento bolsonarista no país, que tem voltado a se articular nas principais cidades do país. Quando isto irá acabar, e onde irá nos levar, só Deus sabe.
