Lista de possíveis candidatos ao Senado Federal por Santa Catarina não para de crescer. No ano que vem, os eleitores do Estado elegerão dois novos senadores, para as vagas hoje ocupadas por Esperidião Amin (PP) e Ivete Appel da Silveira (MDB). O senador Jorge Seif (PL), ainda terá mais quatro anos de mandato, depois de 2026.
Ivete não disputará a reeleição, mas Amin é o primeiro nome que se ressalta, dentre todos os cotados. Nitidamente, o senador tem trabalhado no sentido de viabilizar seu projeto de reeleição, pois parece que finalmente adquiriu consciência que disputas pelo Governo do Estado se tornaram definitivamente infrutíferas para ele.
Além de Esperidião Amin, as deputadas federais Carolina De Toni (PL) e Júlia Zanatta (PL) são dois nomes dados como certos na briga por uma vaga no Senado, ou talvez até duas vagas. Em princípio, o PL deverá lançar apenas uma candidatura ao Senado, por conta de acertos que precisarão ser feitos com partidos aliados em torno do projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL). De todo modo, a possibilidade de o partido ter duas candidaturas ao Senado não pode ser descartada, justamente para não deixar escapar o segundo voto de senador para um candidato que venha a tirar a eleição da candidatura do PL. Isto acabou acontecendo em 2018. Lucas Esmeraldino foi o único candidato ao Senado pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro à época. O segundo voto dos bolsonaristas acabou migrando para Jorginho Mello, que era filiado ao PR. No final das contas, Jorginho se elegeu e Esmeraldino não. Além de Carol e Júlia, o atual Secretário de Estado da Casa Civil, Kennedy Nunes (PL), também nutre a esperança de ser candidato ao Senado, a exemplo de 2022, quando concorreu pelo PTB.
No PSD as pretensões não são menores. O ex-governador Raimundo Colombo irá postular a vaga de candidato ao Senado pelo partido, sob o argumento do restabelecimento da moralidade política. Em 2022, ele perdeu a vaga para Jorge Seif, um ilustre desconhecido, que está respondendo a um interminável processo na Justiça Eleitoral que pede a cassação de seu mandato por abuso de poder econômico. Para Colombo, uma nova candidatura sua é uma questão de justiça.
Também no partido, o ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, não esconde seu desejo de disputar uma vaga majoritária na eleição estadual do ano que vem, e uma cadeira no Senado Federal está no seu radar.
Paralelo a estes dois interesses dentro do PSD, é capital observar que o governador Jorginho Mello tem conversado com líderes do partido para tê-lo em sua base de apoio. O principal interlocutor destas conversações tem sido o Secretário de Estado de Articulação Internacional, Paulinho Bornhausen (PSD), filho do ex-governador Jorge Bornhausen. Caso o projeto vingue, é provável que o PSD tenha garantida a candidatura de uma vaga ao Senado pela coligação de Jorginho, que provavelmente seria destinada ao prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que teria sua pré-candidatura ao Governo do Estado desarticulada.
Finais
- A lista de candidatos ao Senado Federal por Santa Catarina ainda está longe de acabar. O MDB inevitavelmente terá seu candidato, assim como o PT, ou o PSB, partidos que dão sustentação primária a gestão do presidente Lula da Silva. No MDB a questão é saber quem se arriscaria a uma candidatura deste quilate, quando se sabe que a maioria dos votos dos catarinenses migrará para nomes da direita, e o que sobrar para nomes da esquerda. Em meio a esta briga, partidos de centro, como é o caso do MDB e do PSDB, têm pouquíssimas chances de emplacar um senador. Afora estes, de forma natural partidos como o Novo, Psol, PSTU, e talvez PDT, também terão seus candidatos ao Senado.
- Progressistas de Sombrio começou a prospectar cedo seus possíveis pré-candidatos a prefeito para as eleições de 2028. Depois de quatro derrotas seguidas para o MDB, o partido parece ter se acordado para a necessidade de planejamento, se quiser voltar a administrar o Executivo Municipal sombriense. Além do bioquímico Cristian da Rosa, que já se declarou disposto a enfrentar as urnas novamente, a exemplo do que fez em 2020, também estão no radar dos progressistas os nomes do ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Hélio Matos, e do empresário Edson Talau, o Edinho. O Progressistas está apostando na falta de convergência entre o MDB e o PL na próxima eleição municipal, o que, supostamente, facilitaria a vida da oposição.