Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, que é natural de Turvo, poderá ser abraçado pelo PL de nossa região em um projeto de candidatura a Assembleia Legislativa ano que vem. Em 2018, ele já disputou o parlamento estadual pelo PSD, numa eleição em que emplacou 28 mil votos, um número bastante expressivo diante de seu primeiro projeto eleitoral estadualizado. Filiado ao PL, Ulisses assumiu o comando da Polícia Civil catarinense já nos primeiros dias da gestão do governador Jorginho Mello (PL), no início de 2023, e, desde então, paralelo as atividades nada corriqueiras de sua função, comandou uma série de operações voltadas ao combate a corrupção, ligadas a processos licitatórios fraudulentos realizados por Prefeituras Municipais.
Em 2018, Ulisses Gabriel já era uma personalidade conhecida no Estado, principalmente por conta de sua atuação como presidente da Acadepol, a Academia de Polícia Civil de Santa Catarina. Ao ser elencado a condição de Delegado-Geral da Polícia Civil, no entanto, seus horizontes na política ampliaram de forma significativa, a ponto de ele ser considerado um dos 40 deputados estaduais a serem eleitos, caso dispute a Assembleia Legislativa ano que vem.
Questionado a respeito da possibilidade de disputar o parlamento catarinense, o delegado não diz que sim, nem que não. O governador Jorginho Mello (PL) tem requisitado sua candidatura, objetivando ampliar sua base de apoio direta na Assembleia, caso conquiste a reeleição. Em que pese a dubiedade de sua posição neste momento, Ulisses parece mais disposto a não concorrer do que a concorrer ao cargo de deputado estadual em 2026. Vários líderes do PL de nossa região já manifestaram apoio a sua possível candidatura, algo que não aconteceu em 2018. Em princípio, o campo parece fértil, mas falta o seu autoconvencimento para que o projeto comece a ser construído.
Caso o delegado Ulisses não concorra, muito provavelmente o Coordenador Regional do PL, o advogado sombriense André Fernandes Coelho, será o candidato do partido a deputado estadual em 2026. Ele é genro da prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB), que é bastante próxima do governador Jorginho Mello, o que poderia fazer com que André tivesse uma candidatura diferenciada dentre tantas outras de cunho bolsonarista que pipocarão o cenário político estadual na próxima eleição.
A terceira hipótese para o PL de nossa região está ligada Guilherme Colombo, marido da deputada federal Júlia Zanatta (PL). Há tempos ele vem ensaiando uma candidatura a deputado estadual pela região de Criciúma, mas precisa de apoios externos para viabilizar seu projeto, pois terá que disputar os votos dos bolsonaristas com o já deputado estadual criciumense Jessé Lopes (PL). Caso tenha a declaração de apoio do PL de nossa região, Guilherme não pensará duas vezes em ser candidato a Assembleia Legislativa. Do outro lado da moeda, se Ulisses Gabriel não for candidato à Assembleia, e se André Fernandes também declinar desta possibilidade, a convergência do PL regional será em direção a Guilherme Colombo, o que juntaria a fome com a vontade de comer.
Finais
Senado Federal aprovou ontem, por 41 votos contra 33, em regime de urgência, projeto de lei de autoria da Câmara Federal que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais no país. As 18 vagas a mais serão distribuídas entre os Estados que iriam perder representatividade parlamentar, na Câmara Federal, por conta da necessidade de se redistribuir o número de deputados por Estado, com base no Censo do IBGE de 2022. Com a redistribuição, vários Estados ganhariam mais deputados, como é o caso de Santa Catarina, que passará de 16 para 20 deputados federais. Outros, no entanto, perderiam, como é o caso do Rio de Janeiro, que passaria de 46 para 42 deputados. Com os 18 deputados a mais, nenhum Estado perderá cadeiras na Câmara Federal, e aqueles Estados que têm direito a mais cadeiras também as terão. Por conta da readequação das vagas na Câmara dos Deputados, também serão criadas outras 30 vagas nas Assembleias Legislativas. Deste total, quatro serão em Santa Catarina, que passará de 40 para 44 deputados estaduais.
Pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSD, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, conversou ontem, demoradamente, com a ex-deputada federal e ex-prefeita de Florianópolis, Ângela Amim (PP), sobre a possibilidade da manifestação de apoio da Federação União Progressistas ao seu projeto político. O ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), também participou do encontro. Na ocasião, João Rodrigues apresentou uma pesquisa de intenção de votos, que teria demonstrado viabilidade eleitoral, mesmo diante do projeto de reeleição do governador Jorginho Mello. Em princípio, João Rodrigues estaria disposto a oferecer a vaga de candidato ao Senado ao já senador Esperidião Amin, como também a vaga de candidato a vice-governador, em sua chapa, ao Progressistas. O pacote contemplaria o próprio Salvaro como candidato a vice, com filiação no Progressistas.