No próximo dia 20 de novembro, uma quarta-feira, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, data que marca a luta histórica contra o racismo e em defesa da igualdade racial. Em 2024, pela primeira vez, a ocasião será um feriado nacional, consolidado pela Lei 14.759/2023, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 21 de dezembro do ano passado.
O feriado, que homenageia o líder quilombola Zumbi dos Palmares, traz à tona o dia de sua morte, um símbolo de resistência e liderança na luta contra a escravidão no Brasil colonial. Zumbi, como figura histórica, representa o enfrentamento à opressão e a luta pela liberdade, e seu legado tornou-se um emblema para o movimento negro no país.
A legislação que formalizou o feriado nacional foi aprovada na Câmara dos Deputados após um longo processo. A proposta, que nasceu no Senado em 2017, foi de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e, ao chegar à Câmara em 2021, foi relatada pela deputada Reginete Bispo (PT-RS). A deputada destacou o valor simbólico da data, afirmando: “Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes. São datas alusivas ao que o País considera mais relevante em sua história”.
Com a nova legislação, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra torna-se uma oportunidade oficial para o país refletir sobre o passado e reafirmar o compromisso com a inclusão e a justiça racial. Em todo o Brasil, atividades culturais, educativas e debates sobre a igualdade racial ganham ainda mais força e amplitude, dando voz às questões que ainda hoje permeiam a sociedade.