O salário mínimo no Brasil deverá passar de R$ 1.412 para R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro de 2025, representando um aumento de R$ 106, equivalente a 7,5%. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tenha publicado o decreto oficializando o reajuste, fontes do governo apontaram que os cálculos já estão definidos.
A correção segue as diretrizes aprovadas no Congresso no âmbito do novo arcabouço fiscal liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e, até o momento, não há sinais de alterações na previsão. A expectativa é que o novo valor seja publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias.
Impacto e nova regra de cálculo
Caso ainda estivesse em vigor a regra anterior de reajuste, o salário mínimo chegaria a R$ 1.528. A mudança na fórmula de cálculo, entretanto, gerou uma diferença de R$ 10.
Pela norma antiga, o reajuste era baseado na soma da variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 12 meses até novembro e do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A nova regra, porém, mantém o aumento real vinculado ao PIB, mas estabelece um limite, alinhado ao teto de correção do arcabouço fiscal, que varia entre 0,6% e 2,5% ao ano.
Além de corrigir o poder de compra dos trabalhadores, o salário mínimo é referência para benefícios como aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o que o torna um dos principais indicadores para o cálculo do Orçamento federal.
Economia prevista para o governo
Com a adoção da nova política, o governo estima economizar R$ 15,3 bilhões nos anos de 2025 e 2026. Essa economia é justificada pela limitação do ganho real, reduzindo o impacto financeiro nas despesas obrigatórias vinculadas ao salário mínimo.
O reajuste ainda deverá ser confirmado oficialmente por decreto presidencial.