Com a safra atingida por uma seca histórica, a crise econômica argentina deve se agravar – as informações são da agência Reuters.
O país, maior exportador mundial de soja processada e terceiro maior de milho, está passando pela pior seca em mais de 60 anos, o que levou a repetidos cortes acentuados nas previsões de colheita de soja e milho.
A bolsa de grãos de Buenos Aires ajustou para baixo as projeções – a perspectiva de produção de soja caiu para 27 milhões de toneladas, a menor desde a virada do século.
O cenário aumenta os temores de inadimplência e de descumprimento das metas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A seca ocorre no momento em que o país se prepara para eleições gerais em outubro, luta contra uma inflação de 99% e enfrenta dficuldade com pagamentos de dívidas locais e internacionais aos detentores de títulos e ao FMI.
Tradicional produtor graneleiro, o país tem nos grãos seu principal produto para exportação – e os planos para recuperar as reservas em moeda estrangeira estão estagnados, levando a negociações com o Fundo Monetário Internacional para afrouxar as metas de acúmulo de reservas para o ano. Os analistas também cortaram as perspectivas do Produto Interno Bruto (PIB).
As bolsas de grãos alertaram que as previsões de soja e milho podem cair ainda mais se não chover. A previsão para a soja da Bolsa de Rosário já está no menor nível desde a temporada 1999/2000, e a expectativa de rendimento é a pior desde 1996/97.
OCP News