O programa Sombrio Sustentável deve abrigar mais um projeto que está em elaboração, de coleta solidária compartilhada.
O programa Sombrio Sustentável consiste numa série de ações voltadas ao aprimoramento nas práticas de gestão e gerenciamento de resíduos, a serem realizadas pelo Samae, primando pela conservação, proteção do meio ambiente e educação ambiental.
O gerente administrativo do Samae Celso Rogério de Souza, explica que o programa executará um pacote de ações, como a criação do parque natural municipal, já recuperado no antigo aterro sanitário. O local servirá para visitação e estudos, incentivo a hortas comunitárias e floreiras nas residências.
Outra iniciativa importante é a Coleta Solidária Compartilhada, que busca a participação de todos os envolvidos no processo, dos geradores aos coletores de resíduos (lixo). O projeto pretende incentivar cooperativas e trabalhar em parceria com o setor social da prefeitura para atender catadores que necessitem de auxílio. “Além da preservação ambiental, queremos a geração de emprego e renda e inclusão social”, diz Celso.
Segundo o gerente do Samae, são coletadas no município 18 toneladas por dia de resíduos. A coleta de material reciclável se dá de maneira formal, pela administração municipal; e informal, feita pelos catadores individuais, utilizando carrinhos e carrocinhas. Os catadores armazenam os materiais em suas próprias casas, até que sejam comercializados, favorecendo o surgimento de animais como ratos e baratas. A maioria também não usa equipamento de proteção.
Todos podem colaborar
Para que o projeto dê certo, é preciso aumentar a quantidade de pessoas que fazem a separação correta do lixo para reciclagem, em casas, empresas e estabelecimentos comerciais. Sem custos e pouco trabalho, elas podem ajudar a gerar renda aos catadores, que serão orientados a se organizar em cooperativas. “Por isso dizemos que é coleta solidária”, justifica Celso.
Uma coleta experimental iniciada em 2020 em três bairros da cidade, pouco antes da pandemia, acabou sendo desmobilizada. Agora a intenção é construir um pavilhão para dar suporte a logística da reciclagem, manter atividades de educação ambiental permanentes e firmar parcerias com a agricultura familiar.