O livro ‘Enfermagem – Uma abordagem inédita sobre a arte do cuidar e os desafios da profissão’, possui 130 páginas e é dividido em tópicos que vão desde curiosidades como o significado dos símbolos da Enfermagem
Sombrio
Em busca de aperfeiçoamento no trabalho e pessoal, a enfermeira Aline dos Santos Inácio Alonso procurou um livro que abordasse além dos aspectos técnicos da Enfermagem, também a sua valorização e relatos de histórias reais. Não encontrou nenhuma obra assim. Se ainda não existe, alguém precisa fazer, pensou. E fez.
Em 2018, Aline tomou a decisão e começou a pesquisar e se dedicar a elaboração do livro, que foi lançado no final do ano passado.
‘Enfermagem – Uma abordagem inédita sobre a arte do cuidar e os desafios da profissão’, possui 130 páginas e é dividido em tópicos que vão desde curiosidades como o significado dos símbolos da Enfermagem, composto por uma lâmpada acesa, a cruz vermelha e a serpente; o emocionante depoimento da autora sobre a escolha da profissão, até a Enfermagem no contexto da pandemia do Covid-19. Para seu texto, a enfermeira ouviu colegas e pacientes, cita casos mantendo o anonimato dos envolvidos, e utilizou sua experiência de 13 anos como enfermeira, com os primeiros deles passados dentro de hospitais. Hoje, Aline trabalha na saúde básica do município de Sombrio.
A vocação, conta, surgiu cedo e de maneira inesperada. Ao sofrer um acidente de carro com os pais, teve que passar alguns dias hospitalizada. Tinha apenas 13 anos, e para passar o tempo, acompanhava com curiosidade a atuação da equipe médica. “Um enfermeiro me chamou a atenção (…) demonstrava respeito e comprometimento, não estava ali somente fisicamente, mas de corpo e alma. No outro plantão, vinha uma enfermeira que estava sempre com pressa e me deixava nervosa”, escreveu.
Nascia ali o desejo de ser como aqueles profissionais, mais especificamente como aquele enfermeiro.
O livro vai interessar aos trabalhadores da saúde, e também ao público em geral, pois mescla informações da profissão com histórias reais, vivenciadas na jornada de trabalho dos profissionais da Enfermagem e por pacientes.
Trecho do livro
“Quem de nós já chegou em casa, após um plantão noturno, e almoçou às 8 horas da manhã? Não era uma rotina, mas ocorria quando o plantão era extremamente puxado, após trabalhar 12 horas seguidas, sem intervalo, pelo constante movimento e urgências (…)
Quem de nós já avisou os colegas para não deixar o setor descoberto e disse: estou indo jantar, já é uma hora da manhã. Chegando lá, esquenta a comida quando alguém fala. – Corre que chegou uma parada cardíaca”