O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (18) e é esperado que a taxa básica de juros, a Selic, seja elevada de 13,25% para 14,25% ao ano. A previsão é amplamente compartilhada pelos economistas do mercado financeiro.
Se confirmada, essa será a maior taxa desde agosto de 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a Selic atingiu 14,75% ao ano. A decisão também marcará o quinto aumento consecutivo da taxa, que serve de referência para as demais taxas de juros praticadas no Brasil. O anúncio oficial da decisão será feito ao final da tarde de hoje.
Com a possível alta, a Selic voltará ao nível registrado entre 2015 e 2016, período crítico da crise econômica durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que culminou em seu impeachment em agosto de 2016.
A principal preocupação do Banco Central no momento é controlar a inflação em um cenário de crescimento econômico aquecido. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,4%. Para combater a pressão sobre os preços, o Copom tem utilizado o aumento da taxa de juros como ferramenta para esfriar a demanda por crédito e reduzir a atividade econômica.