Hoje é feriado municipal em Santa Rosa do Sul, em homenagem à padroeira Santa Rosa de Lima. De manhã, às 10 horas, será celebrada uma missa, encerrando a programação da festa que teve seu auge no último domingo. Junto à santa que dá nome a paróquia, foi celebrado também o Sagrado Coração de Jesus.
O pároco padre Elder Benedet, estava feliz com a grande participação dos fiéis às missas e demais atividades, como o almoço festivo. “Tenho muito que agradecer primeiramente a Deus, e depois a todos que colaboraram na organização dos festejos. Todas as pastorais, movimentos da Igreja e outras pessoas que nos ajudaram”, disse.
Os voluntários colocam a funcionar uma grande rede que permite a quem participa da festa encontrar tudo a contento. O almoço festivo deste domingo, este ano ficou a cargo dos cursilhistas, e para dar conta de tudo eles chegaram ao salão às quatro horas da madrugada. Representantes da iniciativa privada sultarrosenses também apoiaram às homenagens a Santa Rosa de Lima e o Sagrado Coração de Jesus. A médica veterinária Muriele Macedo foi uma das empreendedoras que apostaram na realização e divulgação da festa.
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Encontro de festeiros
A missa de domingo reuniu dezenas de festeiros de Santa Rosa e do Sagrado Coração de Jesus. Uma das festeiras, a professora Maria Conceição Emerim resgatou a história religiosa do município, localizou festeiros e/ou familiares das últimas 50 festas, todos foram convidados e um grande número esteve presente a celebração.
O marido de Conceição, Nelmo Emerim, é neto do homem que adquiriu a primeira imagem da santa para a igreja, Alfredo Emerim. Depois de 25 anos, Nelmo mesmo adquiriu uma outra imagem, e agora mais 25 anos passados, voltou a ser festeiro com a esposa. “Estou emocionada, para nós foi um presente sermos convidados novamente este ano”, afirmou Conceição.
O prefeito de Santa Rosa do Sul Almides da Rosa, tem feito parcerias com a Igreja para revitalizar as praças em frente as capelas das localidades do interior. A administração municipal também foi parceira na organização da principal festa religiosa da cidade. Para o prefeito, o sucesso da festa desta semana, é uma prévia do próximo evento do município, a Polvilhana, que inicia no dia 6 de setembro. “A festa da padroeira atraiu muita gente, nosso povo é muito colaborativo. Com certeza, a Polvilhana também será um sucesso”, comentou.
Primeira santa latina
Rosa de Lima (Lima, 20 de abril de 1586 – Lima, 24 de agosto de 1617), foi uma mística da Ordem Terceira Dominicana canonizada pelo Papa Clemente X em 1671. Santa Rosa é a primeira santa nativa da América e padroeira do Peru.
Nascida em Lima no ano de 1586, era descendente de conquistadores espanhóis. Seu nome de batismo era Isabel Flores y Oliva, mas a extraordinária beleza da criança motivou a mudança do nome de Isabel para Rosa, ao que ela acrescentou o de Santa Maria. Seus pais eram Gaspar de Flores, espanhol arcabuz do Vice-Rei e Maria Oliva, limenha. Era a terceira dos onze filhos do casal.
Os biógrafos afirmam que os pais de Rosa não eram ricos e a família vivia em pobreza e dificuldades financeiras. D. Gaspar era arcabuz nas tropas do Vice-Rei e não ganhava um bom soldo. Por isso, os filhos cresceram no trabalho. Diz-se que Rosa desenvolveu muitos talentos manuais, como a costura, o bordado e o cultivo de rosas e flores do seu jardim, com os quais conseguia algum dinheiro para aliviar a penúria da família. Também se conta que confeccionava delicadas flores de papel para servir como decoração, quando não estava costurando e bordando até altas horas da noite para auxiliar no sustento da família.
Por cultivar as rosas de seu próprio jardim, é tida como patrona das floristas. Era muito inteligente e precoce: diz-se que tangia graciosa a viola e a harpa e tinha voz doce e melodiosa. Conta-se que, ainda criança, aprendeu a ler e escrever praticamente sozinha (segundo a lenda, ensinada pelo próprio Menino Jesus, por quem nutria uma devoção incomum), apesar dos historiadores atribuírem tal fato aos ensinamentos de sua irmã mais velha, Bernardina e sua avó materna, Isabel Herrera, que também vivia na mesma casa. Também se conta que, com apenas 5 anos, já fazia orações profundas, inclusive tendo manifestado o desejo de realizar um voto de castidade. Muitos dos fatos que originaram as lendas que se contam a respeito de Santa Rosa de Lima se misturam à realidade por terem sido testemunhados por seus parentes e amigos mais íntimos, e relatados às autoridades eclesiásticas durante o seu processo de beatificação, aberto pela Igreja após a sua morte em 1617.
Além de muito bela, Rosa era tida como a moça mais virtuosa e prendada de Lima. Talvez por este motivo, foi pretendida pelos jovens mais ricos e distintos de Lima e arredores, mas a todos rejeitou, por amar a Cristo como esposo.