O Progressistas de Araranguá reelegeu o vereador José Márcio Scarsanella, o Tubinho, à presidência da legenda, em convenção que aconteceu no sábado, na sede da Câmara Municipal de Vereadores.
Ao longo da última semana, várias tratativas foram feitas até que se chegasse a um consenso quanto a composição da executiva do partido, que será a responsável direta pelas articulações que envolvem as eleições municipais deste ano.
Em princípio, o ex-presidente do Progressistas, José Hilson Sasso, tentou costurar uma executiva presidida por ele, que contaria com o ex-prefeito Mariano Mazzuco Neto como seu vice. Mariano, no entanto, declinou do projeto, e Sasso acabou aceitando ser vice de Tubinho.
Já o ex-prefeito se contentou em ser um dos vogais do novo comando do partido.
Durante a convenção, ficou bastante evidenciado que o Progressistas pretende não medir esforços para ter o PL como seu companheiro de chapa majoritária no pleito eleitoral deste ano. Presente a convenção, a presidente do PL araranguaense, Andressa Ribeiro, acabou ganhando todas as atenções dos líderes progressistas, e compôs a mesa de honra do evento.
Por óbvio, os principais líderes do partido sabem que se o PL lançar uma candidatura autoral à Prefeitura Municipal, dividindo desta forma os votos da direita, as chances do prefeito César Cesa (MDB) emplacar seu projeto de reeleição se tornam incomensuráveis.
Na via inversa, as chances da a oposição vencer a eleição municipal em Araranguá está justamente na composição de uma dobradinha entre Progressistas e PL, não necessariamente nesta ordem.
Pelo andar da carruagem, Márcio Tubinho será o nome do Progressistas para a composição majoritária deste ano, e Andressa Ribeiro será o nome do PL. No entanto, não se deve descarta a possibilidade de que o ex-prefeito Mariano Mazzuco volte a ribalta, caso Andressa aceite ser vice, ao invés de disputar a cabeça de chapa as eleições de Outubro.
Finais
- Comando do MDB de Balneário Gaivota, sob a presidência de Nicanor Burim, oficializou o pedido de expulsão da vereadora Maria Nunes, a Maria da Saúde, que há alguns dias disse na tribuna da Câmara Municipal de Vereadores que apoiaria o projeto de reeleição do prefeito Kekinha dos Santos (PSDB). Em princípio, o MDB gaivotense pretende ter candidato a prefeito, e o pronunciamento de Maria foi considerado infidelidade partidária. Caso a Comissão de Ética do MDB opte por acatar a deliberação de seu presidente, e, de fato, expulse Maria Nunes, ainda assim ela não perderá seu mandato.Em casos semelhantes a este, o Tribunal Superior Eleitoral tem reiterado que a ação de perda de mandato por infidelidade partidária não é cabível. Todavia, bem antes do MDB gaivotense dar seu veredito a respeito do assunto, Maria já deverá ter deixado o partido, durante janela de transferência partidária que será aberta no próximo dia 6 de março. Seu destino deverá ser o PSDB.
- MDB Catarinense realizará sua convenção estadual hoje, às 17h, no plenário da Assembleia Legislativa, em Florianópolis. O atual presidente, o deputado federal Carlos Chiodini, será mantido em sua função, em um diretório consensual, montado a muitas mãos, pelos principais cacique do partido no Estado.Nitidamente, o “novo” MDB de Santa Catarina quer dar um chega para lá nos velhos caciques do partido. Figuras como o ex-governador Eduardo Pinho Moreira, e os ex-deputados federais Ronaldo Benedet e Edson Bez de Oliveira, por exemplo, não foram elencados para compor a executiva estadual do partido.Em contraponto, o MDB abriu espaço para novas lideranças, a exemplo do deputado estadual Tiago Zilli, que será o novo secretário estadual do MDB. Este, e outros desdobramentos dentro do partido, evidenciados desse a última derrota estadual em 2022, deixam cada vez mais claro que o MDB está disposto não só a virar uma página de sua história, como também reescrever um novo livro do zero.