A cidade de Araranguá amanheceu nesta terça-feira (10) com movimentação intensa de forças policiais. O motivo foi a deflagração da Operação COLAPSO, promovida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Santa Catarina (FICCO/SC), que tem como objetivo desarticular facções criminosas envolvidas com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no estado.
Além de Araranguá, a operação se estende por outras cidades catarinenses, como Criciúma, Içara, Tubarão, Joinville, Itajaí, Balneário Camboriú, Palhoça, São José, Florianópolis e Chapecó, totalizando dezenas de alvos simultâneos.
No total, estão sendo cumpridos 48 mandados de busca e apreensão e 38 mandados de prisão preventiva. A operação é resultado de uma longa investigação e conta com a participação de diversas forças de segurança estaduais e federais.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 7 milhões pertencentes a 44 pessoas físicas e cerca de R$ 1,4 bilhão em ativos de 25 empresas ligadas aos investigados. A decisão judicial também determinou a suspensão temporária das atividades dessas empresas, que teriam sido usadas para movimentar recursos ilícitos.
As ordens foram expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Criciúma, com base em provas que indicam a atuação estruturada de facções criminosas operando dentro e fora dos presídios, com conexões financeiras que envolvem empresas de fachada e pessoas interpostas.
Em Araranguá, as ações concentraram-se em bairros previamente monitorados durante as investigações. A presença de equipes fortemente armadas chamou a atenção da população logo nas primeiras horas do dia.
A Operação COLAPSO é considerada uma das maiores ofensivas já realizadas em Santa Catarina no combate ao crime organizado. Segundo a FICCO/SC, o trabalho investigativo prossegue, e novas fases da operação não estão descartadas.