Ana Carolina Rossa Burato, de 19 anos, e Artur Alano Daniel, de 18 anos, representantes do Colégio Murialdo de Araranguá, estão representando também a cidade das avenidas e conquistando o mundo através das ciências. A dupla já trabalha junto no mundo da pesquisa desde 2018, e de lá para cá, a cada ano, um novo projeto é desenvolvido para feiras científicas. Em 2019, eles conquistaram uma credencial para apresentarem seu projeto em uma feira latino-americana, e em março de 2020, no México, ela conquistou outra credencial, desta vez para mostrar o projeto dos dois entre 1.450 outros projetos apresentados ao redor do mundo. “Em 2020, começamos com esse nosso novo projeto, que nos rendeu alguns prêmios. Descobrimos que na casca da musa paradisíaca, uma espécie de banana, há uma macromolécula capaz de sanar alguns sintomas da depressão”, explica.
Através de programas de computador, os estudos avançaram e segundo Ana, trazem benefícios efetivos para a humanidade. “Na primeira feira em que apresentamos essa pesquisa, em dezembro de 2020, tudo de maneira virtual, conquistamos o primeiro lugar na categoria Biologia Celular e Molecular – Microbiologia, e conseguimos a credencial para sermos finalistas da maior feira do mundo”, conta.
Ganhando o mundo
A ISEF reúne 1.900 projetos de mais de 60 países, elevando a jornada dos colegas a um novo nível. “Nossa caminhada para chegar até aqui foi bem árdua, com bastante estudo e dedicação. Os testes que realizamos são com teor de doutorado, cada um na sua casa, uma batalha bem difícil”, continua. No Brasil, apenas 18 vagas estão disponíveis para feiras desse patamar, o que torna a conquista ainda mais grandiosa. “É muito importante participarmos. É uma troca de cultura, é grandioso demais estarmos na final e é somente por mérito próprio para chegar lá. É uma sensação de dever cumprido, realização de um sonho”, continua.
Ela agradece a ajuda de amigos, familiares, orientadores e do Colégio Murialdo, que os ajudaram a chegar tão longe, e poder apresentar seu trabalho para grandes personalidades da ciência do outro lado do mundo. “A avaliação do trabalho foi excelente e agora é só aguardar o resultado”, diz.