Em meio a colapso, Saúde descarta hospital de campanha em Santa Catarina

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Em meio a uma grave crise no sistema de saúde, Santa Catarina não prevê a criação de hospital de campanha para tratamento de pacientes infectados pela Covid-19.

O secretário adjunto de Estado da Saúde, Alexandre Fagundes, disse que o Estado não trabalha com essa hipótese, pois as estruturas hospitalares existentes hoje podem ser expandidas para o tratamento de infectados pelo novo coronavírus.

Fagundes cita o exemplo de um hospital na região Oeste, onde de 10 leitos de UTI, apenas um era destinado ao tratamento da Covid-19.

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“Conseguimos remanejar os pacientes para outras unidades e transformamos todos os 10 leitos em UTI Covid. São ações que estamos fazendo em todas as regiões, principalmente, no Oeste e Grande Florianópolis, justamente para tentar reforçar a estrutura hospitalar e oferta de leitos para a população catarinense”, disse o secretário adjunto.

Conforme Alexandre, as ações do Estado visam intensificar a capacidade de expansão dos leitos de UTI nas unidades hospitalares, sejam elas próprias ou contratualizadas. O objetivo é suprir a crescente demanda por leitos de UTI.

Reforço nas regiões

O secretário adjunto da Saúde destaca que ao longo da semana, a pasta passou pelas regiões Norte e Sul do Estado para analisar a estrutura hospitalar.

O intuito foi observar a capacidade de expansão e reativação de leitos de UTI desativados em períodos de menos graves de enfrentamento da pandemia no ano passado.

“Essa força está sendo chamada de novo ao trabalho, pois pensamos que o que está acontecendo no Grande Oeste e na Grande Florianópolis pode se expandir para todo o Estado. É uma força tarefa para que a gente consiga enfrentar esse pior pico da pandemia”, diz Alexandre.

Sobre a transferência de pacientes que necessitam de leitos de UTI para o Sul do Estado, Fagundes fala que o trabalho é pensado sob uma lógica regional. Isto é, a ideia é estruturar as regiões para que cada uma atenda sua demanda.

“Em um cenário de poucas ofertas de leitos de UTI, a lógica de transferência de pacientes para outras regiões, perde o sentido”, justifica.

Segundo o painel de dados da Secretaria de Estado da Saúde desta quinta-feira (25), a região Sul é possui a menor taxa de ocupação de leitos de UTI (87,1%).

 “Estado enfrenta pior momento da pandemia”

Com relação ao estado de colapso do sistema de saúde, o secretário adjunto reconhece que o Estado enfrenta o pior momento da pandemia da Covid-19.Contudo, ele ressalta que a situação crítica não é exclusividade de Santa Catarina.

Secretário Adjunto da Saúde, Alexandre Fagundes – Foto: SES/Divulgação/NDSecretário Adjunto da Saúde, Alexandre Fagundes – Foto: SES/Divulgação/ND

Ele comenta que Estados como o Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo também se encontram em uma fase difícil de enfrentamento da Covid-19.

“É a fase mais aguda da pandemia não só em Santa Catarina, como no país. A situação é bastante grave e os leitos de UTI em todas as regiões estão ocupados quase na sua totalidade. Isso preocupa muito neste momento”, alerta.(Fonte: ND Mais)

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