quinta-feira, 20 DE março DE 2025
SaúdeLEISHMANIOSE VISCERAL: o que é, sintomas e como tratar?

LEISHMANIOSE VISCERAL: o que é, sintomas e como tratar?

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Você já ouviu falar em “barriga d’água” ou calazar? Esses são os nomes mais conhecidos para uma doença infecciosa chamada de Leishmaniose Visceral, uma doença muito séria e bastante letal. A Dra. Helena Rangel dá mais detalhes sobre o assunto.

A primeira coisa que você precisa saber é que a Leishmaniose Visceral é uma doença que, se não for tratada, pode ser letal em 90% dos casos. É por isso que é muito importante conhecer os sintomas, os tratamentos e principalmente as formas de prevenção.

Essa doença acontece no ser humano de forma acidental depois da picada de um mosquito do gênero Lutzomia, conhecido como mosquito palha, birigui ou tatuquira. Depois de picar algum animal que serve de reservatório para o protozoário causador da doença, o mosquito pode picar o ser humano, transmitindo a Leishmania chagasi e, assim, fechar o ciclo.

Esse mosquito gosta de picar no final da tarde e precisa de solo úmido e matéria orgânica para colocar seus ovos. Ele é encontrado nas regiões Norte e Nordeste, normalmente em regiões de florestas e matas fechadas. No entanto, recentemente ele também pode ser encontrado em regiões rurais próximas a algumas cidades grandes e capitais. Os reservatórios desse protozoário podem ser animais urbanos, como o cachorro, ou silvestres, como raposas e gambás. Ou seja, a Leishmania é levada desses animais reservatórios para o ser humano pelo mosquito e entra no nosso corpo por meio da picada. Alguns dias após a picada começam os primeiros sintomas.

Algumas pessoas vão ter uma resposta imune adequada e não vão desenvolver nenhum sintoma. Mas em outras, principalmente em crianças, os sintomas iniciais são: Febre, apatia, emagrecimento, palidez e aumento do volume da barriga, com aumento do fígado e do baço.

O diagnóstico é feito a partir da história clínica, e um exame de sangue simples pode sugerir a doença quando se observa anemia, glóbulos brancos e plaquetas baixas. Mas essa alteração não é específica da leishmaniose, algumas outras doenças podem apresentar esses mesmos sintomas e alterações laboratoriais, como por exemplo cânceres do sangue e linfomas. Portanto, o diagnóstico é mais certeiro quando se encontra o parasita em alguma amostra do corpo, como por exemplo em uma biópsia de medula óssea, baço ou gânglio. O tratamento somente pode ser realizado pela veia ou por injeção no musculo, com antiparasitários e antifúngicos. O tempo de tratamento depende da medicação utilizada e vai de 5 a 30 dias; e tem alguns efeitos colaterais, como arritmias cardíacas, pancreatite e insuficiência renal.

Dicas de prevenção: Você deve sempre se lembrar das medidas comportamentais para evitar encontrar o mosquito, como uso de repelentes e mosquiteiros e evitar sair descoberto no horário do final de tarde. Em segundo lugar, você deve prestar atenção no seu melhor amigo; sim, o seu cachorro, já que ele pode ser reservatório do protozoário.

Fonte: Brasil 61

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