Nesta quarta-feira, 28 de agosto, uma operação conjunta contra o comércio ilegal, maus-tratos e morte de animais silvestres e exóticos foi deflagrada em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Batizada de Operação Axolote, a ação conta com a participação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Polícia Militar Ambiental (PMA).
Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em 16 cidades. A operação é considerada a maior já realizada pela PMA, que, além de coibir práticas ilegais, busca desmantelar uma organização criminosa envolvida no tráfico de animais silvestres e exóticos. As cidades afetadas incluem Araranguá, Balneário Camboriú, Barra Velha, Blumenau, Itajaí, Joinville, Navegantes, Palhoça, Penha, Santo Amaro da Imperatriz, Timbó, Curitiba, Artur Nogueira, Diadema, São Paulo e Sorocaba.
A Operação Axolote recebeu esse nome em referência ao anfíbio mexicano em perigo de extinção, conhecido por suas capacidades regenerativas. Este animal foi identificado durante as investigações, simbolizando a resiliência e a renovação que a operação busca promover na proteção da fauna.
A ação é resultado de uma investigação que começou com uma fiscalização ambiental realizada pela PMA em 2022. A operação revelou um esquema de tráfico de animais, onde espécies eram enviadas de São Paulo para Santa Catarina e Paraná para venda ilegal. Além do comércio, as investigações apontaram condições precárias de transporte e cuidados, resultando em maus-tratos e até mortes de alguns animais.
Os mandados foram expedidos pela Justiça de Joinville, e os animais apreendidos foram encontrados em condições deploráveis, evidenciando os maus-tratos sofridos. A operação ainda está em sigilo, mas já resulta em importantes apreensões e na captura de indivíduos envolvidos no esquema.
As polícias militar ambiental de Santa Catarina e São Paulo, assim como a Polícia Civil do Paraná, prestam apoio essencial ao Gaeco nessa operação.