A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o desaparecimento de Anderson Rafael Hasse e sua filha de 8 anos, após a emissão de um mandado de prisão preventiva contra o pai, suspeito de sequestrar a menina e mantê-la em cárcere privado. Ambos foram vistos pela última vez em 1º de março, na região do Morro do Baú, em Ilhota, no Vale do Itajaí. Desde então, não há informações sobre o paradeiro deles.
O último contato registrado entre o pai e a filha ocorreu quando ambos foram deixados por um motorista de aplicativo no Morro do Baú, com malas e instrumentos musicais. Hasse informou ao condutor que um amigo o buscaria para seguir até Blumenau, e de lá partiriam para Piratuba, a cerca de 350 quilômetros de Blumenau, para aproveitar o feriado de Carnaval. No entanto, amigos de Hasse negaram que houvesse qualquer viagem planejada.
O desaparecimento foi notado em 5 de março, quando Hasse não deixou a filha na escola, conforme havia combinado com a mãe, que esperava buscá-la.
De acordo com a investigação, a Polícia Civil acredita que Hasse vinha planejando a fuga com a filha há cerca de três meses. Ele teria se sentido pressionado após perder a guarda da criança e, além disso, acreditava que um familiar havia cometido abuso contra a menina, o que teria motivado a fuga.
A perda da guarda da filha aconteceu devido a acusações de alienação parental, com Hasse sendo acusado de manipular a filha para distanciá-la da mãe. Essa prática, que perdurou por meses, foi determinante na decisão judicial que retirou a guarda do pai.
O plano de fuga de Hasse foi financiado por meio da venda de seu carro e instrumentos musicais, além de um empréstimo bancário de mais de R$ 60 mil, que foi retirado das contas bancárias de Hasse.
Até o momento, não há informações concretas sobre onde Anderson e sua filha possam estar. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de eles estarem fora do estado ou até mesmo do país. Hasse está sendo investigado pelos crimes de sequestro, cárcere privado e desobediência, devido ao não cumprimento de decisões judiciais relacionadas à guarda da filha.
Anderson Rafael Hasse é considerado foragido, e o Poder Judiciário acatou o pedido de prisão preventiva emitido pela Polícia Civil, que segue em busca do pai e da criança. Qualquer informação sobre o paradeiro deles pode ser repassada anonimamente pelo telefone 181. A polícia também alerta que pessoas que estejam ajudando Hasse a fugir podem ser responsabilizadas criminalmente.
