Na tarde de segunda-feira (13), o delegado da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, Luís Otávio Pohlmann, em comunicado à imprensa destacou a investigação sobre a morte de OJP (45 anos), cujo corpo foi encontrado boiando em um valo de granja de arroz na localidade de Sanga do Marco, no dia 10 (SAIBA MAIS). O caso, que inicialmente gerou mistério e apreensão, teve seu desfecho esclarecido após minucioso trabalho da DIC.
RESULTADOS DOS EXAMES
O corpo de OJP foi encontrado por volta das 11h30 em estado avançado de putrefação. A Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica estiveram no local e realizaram os procedimentos de praxe. O Exame Cadavérico apontou que a morte havia ocorrido há mais de três dias e não apresentava sinais de luta corporal, defesa ou perfurações por arma de fogo ou branca. A causa da morte, inicialmente, foi atestada como indeterminada.
DOENÇA MENTAL E VÍCIO EM ÁLCOOL
Através de diligências investigativas, a Polícia Civil descobriu que OJP era morador de Turvo, vivia em condições precárias e sofria de esquizofrenia, além de ser usuário contumaz de álcool. Familiares relataram que ele fazia tratamento médico, mas nem sempre tomava a medicação adequadamente.
No dia 3 de janeiro, OJP pediu ajuda a um conhecido para ser internado em uma clínica de recuperação em Araranguá, devido ao vício em álcool. Contudo, na madrugada do dia 5 de janeiro, por volta da 1h30, ele fugiu da clínica.
A Polícia Civil concluiu que, após evadir-se do local, OJP provavelmente entrou no valo de arroz, onde se afogou. O tempo estimado da morte e o encontro do cadáver são compatíveis com o estado adiantado de putrefação. “É comum que o corpo de uma pessoa afogada imerja inicialmente e volte à superfície após alguns dias”, explicou o delegado Pohlmann.
O coordenador da DIC ainda enfatizou que a ausência de indícios de violência e a precária saúde da vítima, certamente resultaram no inusitado afogamento. “Tudo indica que a morte foi acidental. O trabalho de investigação da Polícia Civil descartou qualquer crime contra a vida”, concluiu.
Agora, resta a pergunta que não quer calar: Por que ele estava sem roupas? Alguém teria roubado ao vê-lo desfalecido, ou ele fugiu nu?
Ao que tudo indica, esse mistério não será facilmente solucionado…