sexta-feira, 14 DE fevereiro DE 2025
PolicialPolícia Civil inicia investigação do caso da não aplicação de vacina

Polícia Civil inicia investigação do caso da não aplicação de vacina

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Desde a noite de segunda-feira, dia 24, circula em grupos de WhatsApp na região um vídeo onde um homem supostamente finge aplicar vacina em uma senhora. O caso aconteceu no bairro Cidade Alta, em Araranguá, e aplicação seria da segunda dose da vacina contra a Covid-19. No vídeo pode-se perceber que o homem não empurra o êmbolo, não injetando a vacina.

Ainda na noite de segunda-feira, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Araranguá enviou uma nota de repúdio sobre o fato. “É com indignação que a Administração Municipal de Araranguá vem a público manifestar primeiramente seu repúdio ao ato praticado pelo acadêmico de medicina e enfermeiro que se voluntariou à nossa equipe para aplicação da vacina contra Covid-19 e que supostamente foi flagrado em ação que forjava a vacinação.”

A nota ainda dizia que a Prefeitura se comprometeria em fazer o indivíduo responder por suas ações e a quem mais couber responsabilidade se a denúncia se confirmar.

Secretário de Saúde registra Ocorrência

O secretário de Saúde de Araranguá, Henrique Besser, registrou Boletim de Ocorrência sobre o fato e nesta terça-feira, dia 25, por volta das 14 horas, se dirigiu até a 1ª DP, Delegacia de Polícia Civil, para prestar esclarecimentos, a pedido do delegado Thiago Reis, coordenador da 1ª DP.

Segundo o delegado Thiago, coordenador da investigação, os primeiros passos da Polícia Civil serão ouvir a equipe que trabalhou no dia da vacinação, fazer levantamento de possíveis câmeras de monitoramento próximas ao local e fazer a busca da dose, que estava na seringa e em tese, teria que estar na caixa de descarte.

Conforme o delegado, foi repassado a ele, pelo secretário Henrique, que a caixa foi preservada e lacrada. “Vamos requisitar a perícia neste momento”, revelou. A perícia da caixa de descarte é importante para esclarecer se Jean desviou a dose ou depositou na caixa, junto com o restante das seringas descartadas, após aplicação da vacina.

A autoridade policial ainda disse que nenhuma tese será descartada e que a medida que o inquérito for sendo encaminhado, o acusado, enfermeiro Jean Assunção, será intimado para interrogatório.

Mais tarde e ainda na tarde desta terça-feira, para a nossa reportagem, o secretário Henrique revelou que a caixa de descarte já havia sido entregue para a Polícia Civil.

Defesa se manifesta

A reportagem tentou conversar com Jean, que disse que está destruído, à base de remédios e pediu para que seu advogado falasse. Mais cedo Jean havia afirmado para o jornalista Everaldo Silveira, da Post TV, que não percebeu que não tinha aplicado a dose da vacina e que sabia que estava sendo filmado. Para Everaldo, Jean contou que estava de férias da faculdade e que trabalhou na campanha de vacinação de forma voluntária.

Segundo Renan Cioff de Sant’ Ana (OAB/SC 40.664), advogado de Jean Patrício de Assunção, o enfermeiro e acadêmico de Medicina, acusado de forjar aplicação de vacinação contra a Covid-19 em uma senhora em Araranguá, se manifestará em momento oportuno.

O caso aconteceu no bairro Cidade Alta, na segunda-feira, dia 24, e um vídeo, onde se pode perceber que Jean não empurra o êmbolo, não injetando a dose da vacina, viralizou na noite desta segunda-feira.

Ainda, de acordo com o advogado, Jean está bastante abalado, mas tem todo o interesse em esclarecer os fatos.

 

UFSC divulga nota

A Direção do Campus da UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina, de Araranguá, onde Jean cursa Medicina, se manifestou solidária a nota expedida pela Prefeitura de Araranguá. “(…) um caso isolado de ação voluntária de um de nossos estudantes, em momento de férias, não pode comprometer relação de confiança tão arduamente conquistada ao longo da última década com a comunidade do extremo sul e mais especificamente com a rede de saúde do município”, diz a nota da UFSC.

Em nota, a Direção do Campus de Araranguá ainda afirma que levará o caso para as autoridades superiores da UFSC. “Desta forma iremos, como preconiza a lei, comunicar autoridades superiores da UFSC sobre as evidências até então demonstradas que poderá desencadear processo administrativo, onde haverá oportunidade de ampla defesa e ao contraditório do acusado”.

A Direção do Campus também diz que espera que a investigação revele que o caso se tratou de um lapso de procedimento e que a Universidade estará atenta a evolução do caso. “Esperamos sim, que este infortúnio, ao longo de um processo investigatório se revele em um lapso de procedimento, uma imperícia, o que não retira a gravidade do caso, mas que não escale para outras deduções de caráter incriminatório. Ao final colocamos que a Universidade Federal de Santa Catarina estará atenta as evoluções dos fatos e sempre irá interceder para a tranquilidade e segurança de suas ações em quaisquer áreas do conhecimento e mais precisamente aquelas da área da saúde”.

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