Os principais caciques dos partidos de direita em Santa Catarina estão se esforçando para que suas legendas concorram unidas na maior quantidade possível de municípios ano que vem.
Em um Estado onde mais de 98% dos municípios encerra suas eleições municipais já no primeiro turno, é fundamental a coesão, para não dar margem a vitórias de agremiações com outras tendências ideológicas.
O PL, do governador Jorginho Mello, e o Progressistas, do senador Esperidião Amin, são os que mais tem afinado seus ponteiros com vistas a 2024.
Vale lembrar que em 2022 o então senador Jorginho Mello se esforçou ao extremo para ter o Progressistas em sua chapa, mas Amim preferiu alçar voo solo.
Agora, sob o comando, em princípio provisório, de Leodegar Tiscoski, o Progressistas tem conversado abertamente com Jorginho para a composição de alianças.
Os dois partidos, no entanto, querem ampliar as possibilidades de unidade para o ano que vem. Neste sentido, as conversas se dão especialmente com o Republicanos e com PSD, que traz em seu âmago muitos políticos oriundos do extinto PFL. Estas duas legendas, todavia, apresentam muitas interrogações.
O Republicanos, por exemplo, ainda que seja um partido bolsonarista em sua essência, em Santa Catarina é comandado pelo ex-governador Carlos Moisés da Silva, um legítimo representante do pensamento social-democrata.
Já o PSD, em que pese o perfil conservador da maioria absoluta dos seus principais líderes, não tem andado sintonizado com a gestão de Jorginho Mello.
É claro que estas questões são menores do que o desejo de conquistar prefeituras, vice-prefeituras e cadeiras nas Câmaras de Vereadores, e é justamente por conta disto que os partidos com espectro ideológico de direita deverão passar por cima de suas vaidades para estarem unidos nas eleições municipais.
O grande desafio da direita será esculpir composições que agrade, no mínimo, a maioria dos envolvidos. Não há dúvidas de que o PL é a bola da vez no cenário político eleitoral, alavancado especialmente pelo pensamento bolsonarista. A legenda, no entanto, terá que ceder em muitos casos para somar.
O mesmo terá que se dar com os outros envolvidos no processo. Até porque, os adversários de outras tendências ideológicas, na absoluta maioria dos casos, também estarão se esforçando para disputar as eleições municipais de forma coesa ano que vem.
Finais
Prefeito de Araranguá, César Antônio Césa (MDB), e seu vice, Tano Costa (PSD), deverão reeditar a dobradinha na eleição municipal do ano que vem. Enquanto a situação já se articula com vistas à 2024, a oposição ainda não deu o ar da graça. Progressistas e PL têm conversado informalmente, mas não há nenhuma diretriz sendo encaminhada.
Na prática, um está esperando para que o outro abra mão da cabeça de chapa para selar a aliança, algo que não deve acontecer antes do período convencional. Diante desta indecisão da oposição, César e Tano ganham pontos preciosos junto ao eleitoral. Há de se ressaltar também o fator PT, que ao que tudo indica deverá ter candidato a prefeito na Cidade das Avenidas.
PT de Sombrio tem feito reuniões constantes objetivando o pleito municipal do ano que vem. O partido já tem elencado vários nomes dispostos a concorrer à Câmara Municipal de Vereadores, como também a disposição do policial civil Glauter Soares de disputar o executivo municipal.
Nos bastidores, é bastante comentada uma possível dobradinha entre Glauter e o advogado Francisco Lisboa, que concorreria como candidato a vice através do PCdoB. Todas as tratativas, no entanto, são extra oficiais.
O PT sombriense está apostando no lançamento de múltiplas candidaturas à Prefeitura Municipal, o que aumentaria as chances de um representante da esquerda conquistar o executivo.