Depois de buscar uma frenética aproximação com o Progressistas, governador Jorginho Mello (PL) agora está focado no MDB, partido que é o fiel da balança para a estabilidade política do governo catarinense na Assembleia Legislativa, e também possível aliado do PL em diversos municípios do Estado com vistas às eleições deste ano.
O governador tem se aproximado especialmente do presidente do parlamento catarinense, Mauro de Nadal (MDB), e também do deputado estadual Antídio Lunelli, que foi pré-candidato do MDB ao Governo do Estado em 2022. Nos bastidores, também tem conversado com o presidente estadual da legenda, o deputado federal Carlos Chiodini.
A aproximação com o MDB também visa neutralizar a formação de um bloco de oposição, timonado pelo PSD do deputado estadual Júlio Garcia. Francamente decidido a bancar uma candidatura ao Governo do Estado em 2026, o PSD quer ter ao seu lado, no mínimo, o PSDB e o MDB, ainda que somente para uma possível aliança no segundo turno. Ao chamar o MDB para conversações mais estreitas, Jorginho busca ofuscar a possibilidade de uma tríplice aliança contra seu projeto de reeleição.
Mas, como se sabe, ainda que tenha mais alas que uma escola de samba, o MDB catarinense de bobo tem muito pouco. Com cem prefeitos filiados a legenda, e com a expectativa de eleger pelo menos 80 nas eleições deste ano, o partido quer resultados da gestão de Jorginho Mello. Resultados que passam necessariamente pela liberação de verbas para as prefeituras emedebistas, principalmente aquelas verbas já acordadas entre as prefeituras e o Governo do Estado à época do ex-governador Carlos Moisés da Silva (Rep).
Por sua vez, no plano prático, além de estabilidade na Assembleia, o que Jorginho Mello quer do MDB neste ano são nomes para compor como vice do PL nas eleições municipais de Outubro. Mesma coisa que ele quer do Progressistas, do PSDB e de todos os demais partidos que ele tem mantido bom relacionamento ao longo de seu mandato. Este namoro de fato pode resultar em casamento, mas será preciso que Jorginho pague o dote adiantado.
Finais
- Em meio à aproximação do PL araranguaense com o prefeito César Cesa (MDB), o Progressistas da Cidade das Avenidas começa a se ver na obrigação de tirar da cartola um nome para disputar a Prefeitura Municipal em Outubro próximo. O sempre lembrado ex-prefeito Mariano Mazzuco Neto (PP) não deverá querer bater de frente com César, que tem um projeto de reeleição muito bem encaminhado, em uma aliança que poderá contemplar oito ou mais partidos. Os dois nomes mais plausíveis para a disputa pelo Progressistas são o do ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores, José Hilson Sasso, ou o do vereador José Márcio Scarsanella, o popular Márcio Tubinho.
- Pelo andar da carruagem, Balneário Gaivota deverá ter novamente múltiplas candidaturas a prefeito, a exemplo de 2020, quando os eleitores do município tiveram cinco opções de escolha. Para este ano, além da candidatura natural à reeleição do prefeito Kekinha dos Santos (PSDB), também estão se dispondo a disputar o executivo o ex-prefeito Ronaldo Pereira da Silva (PP), o empresário Fábio Albino (PSD), o professor Fernando Ferreira, o Chimia (MDB), e também o Partidos dos Trabalhadores, que por ora conta com a disposição do professor de História, Marcos Vinicius de Oliveira, e do funcionário público Carlos Alberto Machado para o embate majoritário que se avizinha.