Por mais contraditório que possa parecer, entregar mandatos de deputados federais, estaduais e vereadores apenas àqueles que foram mais votados é um grande perigo para a democracia. Há um projeto tramitando no Congresso Nacional que prevê esta possibilidade.
É o chamado Distritão. Basicamente, quem fizesse mais votos na disputa por uma Câmara de Vereadores, por exemplo, seria o eleito.
Se tal projeto for aprovado teríamos o imediato enfraquecimento dos partidos políticos, na medida em que o político passaria a ter mais peso que a instituição que ele supostamente estaria representando.
O Distritão está sendo analisado por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, sob o olhar interessado do presidente da Casa, o deputado Arthur Lira (PP/AL). Por óbvio que os grandes caciques da política nacional querem sua aprovação, já que, via de regra, eles são sempre os mais votados em seus Estados.
Com a aprovação, na prática, Santa Catarina teria na Câmara Federal os 16 candidatos a deputado federal mais votados, assim como os 40 candidatos a estadual mais votados na Assembleia Legislativa.
A chamada legenda partidária perderia totalmente seu valor. Sendo assim, se dez candidatos do partido “a” fizessem trinta mil votos cada, e se apenas um candidato concorresse pelo partido “b”, fazendo trinta mil e um votos, quem se elegeria seria este. De nada adiantaria os dez candidatos do partido “a” terem somado 300 mil votos. No fim das contas, trinta mil e um votos destinados a um candidato de um partido teria mais peso que 300 mil votos destinados a candidatos de outro partido.
Em princípio, se estima que 68% dos votos dos brasileiros não teriam nenhum peso. Pior que isto, estaríamos correndo o sério risco de entregarmos o país a políticos oportunistas, que se aproveitam de ondas sociais para se eleger. Independentemente de que onda fosse esta, o fato é que ela poderia, literalmente, tomar o controle do país sem oposição consistente.
Conceito de César Cesa em Araranguá está em alta
Conceito do prefeito de Araranguá, César Cesa (MDB), tem crescido bastante nas bases da sociedade. Em princípio, população o tem visto com alguém comprometido com as demandas sociais, realizador, preocupado com a funcionalidade do executivo municipal e com visão futurista. De um modo geral, a população também está crendo que sua gestão irá dar certo, na medida em que conseguiria implantar seu plano de governo sem grandes sobressaltos. O perfil empreendedor de César tem ajudado muito a consolidar a imagem de alguém confiável, algo cada vez mais raro no meio político.
Venda de avião pode ter sido tiro no pé para SC
Uma das primeiras medidas administrativas do então recém empossado governador catarinense Carlos Moisés da Silva (PSL), em 2019, foi vender o jato do Governo do Estado destinado as viagens do chefe do executivo.
De acordo com ele, o governo passou a economizar R$ 4,5 milhões por ano. De lá para cá, Carlos Moisés tem se deslocado em voos comerciais. Para ir a Porto Alegre, numa reunião do Codesul semana passada, pegou voo da capital catarinense até lá. Para ir a Brasília, a mesma coisa.
Para ir a São Paulo, igualmente, e assim por diante.
Careceria saber se esta perda de tempo não está gerando mais prejuízo do que lucro para Santa Catarina. É mais ou menos como se um prefeito tivesse que pegar taxi para trabalhar.
“Briga” entre Giassi e Fort continua grande
Briga comercial do Grupo Giassi, de Içara, e do Fort Atacadista, de São José, não está pequena.
Recente projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de Araranguá alterou o zoneamento urbano do município, possibilitando que uma unidade do Fort venha a se instalar na Cidade das Avenidas, entre as avenidas 7 de Setembro e XV de Novembro. Por sua fez, o Giassi anunciou que irá instalar uma unidade do Combo Atacadista, de sua propriedade, em São José.
Na mesma linha, há projeto para instalar uma outa unidade em Florianópolis. É briga de cachorro grande.
Celso Maldaner cede e se licencia do comando do MDB
Presidente do MDB de Santa Catarina, deputado federal Celso Maldaner, cedeu a pressão do senador Dário Berger e anunciou que se licenciará do comando do partido até as prévias que escolherão o candidato ao governo da legenda.
Por enquanto, Celso, Dário e o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, postulam o direito de disputar o Governo do Estado pelo partido. Vale ressaltar, no entanto, que até o próximo dia 30 de junho qualquer filiado da legenda também pode manifestar o desejo de concorrer ao governo.
As prévias estão marcadas para o dia 15 de agosto. O ex-deputado federal Edinho Bez, vice-presidente do MDB catarinense, assumirá no lugar de Maldaner até lá.
Candidatíssimo a deputado federal, Edinho está rindo até de tropeção.